A resposta do governo do Estado todas as vezes em que a campanha pela emancipação do Tapajós esquentou sempre foi a mesma: descentralizar a administração pública. Durante a campanha eleitoral, logo depois da vitória ou quando as críticas ao abandono e as reivindicações de autonomia se intensificavam, o governador e sua equipe se deslocavam para Santarém para um dia, ou alguns dias, de permanência. Mas, na essência, nada mudava. Apenas alterações cosméticas ou episódios inusitados, como o que aconteceu com o coronel Jarbas Passarinho, primeiro governador do regime militar implantado no Brasil em 1964, com a deposição do presidente João Goulart. *** O sobrinho, Ronaldo Passarinho Pinto de Souza, é quem conta o episódio no livro Jarbas Passarinho, o homem: "Essa se deu numa localidade chamada Mojuí dos Campos [hoje município], em Santarém. Lá, instalou-se o 'governo itinerante', que Jarbas instituiu em 1965. Uma cobra, do tipo chamada 'papagaio', despencou de uma árvore e caiu sobre o palanque, onde Jarbas e comitiva falariam ao povo. A cobra enroscou-se no cabo do microfone, e foi atacada e morta a pauladas por populares, aflitos, com a ameaça que o réptil representaria ao governador e acompanhantes. Ao que Jarbas, quebrando a tensão, reagiu com uma frase de humor:- Por que esta maldade? 'Papagaio' não faz mal a Passarinho...". ***
Leia a coluna completa aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário