José Ronaldo Dias Campos
Nós, amazônidas, deveríamos repensar a forma como nossas riquezas vêm sendo exploradas. Literalmente exploradas.
A madeira, sob cobiça mundial, extraído o desperdício que fica como sarrafo e serragem, tratados indevidamente como lixo, é quase toda exportada, inexistindo, afora as rústicas marcenarias de fundo de quintal, sem demérito aos bons profissionais da área, uma fábrica de móveis ou de beneficiamento em Santarém. Os móveis adquiridos no comércio local vêm do Sul ou Sudeste. É só conferir!
O minério e a soja padecem do mesmo mal. Saem nos porões dos navios de grande calado diretamente para o exterior, sem deixar, como no caso dos grãos, um quilo sequer nas prateleiras dos supermercados para consumo local. Estou apenas exemplificando.
Houvesse uma política de incentivo para o beneficiamento de insumos no próprio município produtor, creio eu estar-se-ia fomentando o real desenvolvimento regional, gerando emprego, melhorando as condições de vida do nosso povo.
Reflitamos sobre o assunto.
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