Do Blog do Parsifal
Dois fotógrafos especializados em cobertura de conflitos internacionais foram mortos hoje, na Síria, vítimas dos bombardeios impostos à cidade de Homs pelas forças do presidente-ditador do país, Bashar al-Assad.
A jornalista norte-americana Marie Colvin, 50 anos, era correspondente do “Sunday Times” e já tinha sido vítima de um ataque quando cobria a guerra civil no Sri Lanka, em 2001, quando perdeu o olho esquerdo.
O fotojornalista francês Rémi Ochlik, 28 anos, também pereceu no mesmo bombardeio. A revista “Paris Match”, para a qual Rémi trabalhava, já lhe havia orientado, há uma semana, a deixar a cidade de Homs, onde as forças do ditador al-Assad caíram, sem piedade, sobre os oposicionistas que se armaram contra o regime sírio.
A dinastia al-Assad continua firme e forte na Síria. Diferente da Líbia, onde o Estado era menos estruturado, a Síria possui um regime sólido e o presidente-ditador tem controle do país, podendo sufocar qualquer rebelião em seu território, caso não haja interferência externa.
A China e a Rússia, escaldados do avanço norte-americano nas brechas abertas pela sede de democracia nas suas bordas, não desejam correr o risco de entregar a Síria aos caprichos da geopolítica ocidental e deixaram claro os seus respectivos suportes ao regime sírio, o que consolida a posição da ditadura dos al-Assad que governa o país a mais de 40 anos.
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