Do Blog do Parsifal
Quanto mais se lê o relatório da PF sobre o “empresário de jogos” Carlos Cachoeira, mais reputações caem, pouco importando se quem se relacionou com ele o fazia por amizade ou negócios.
> Ator e deputado Stepan Nercessian recebeu R$ 175 mil
Agora é o deputado federal e ator Stepan Nercessian (PPS-RJ) que aparece na berlinda: o jornal “Folha de S. Paulo” publicou na sua edição de hoje (31) que o ator deputado recebeu, em 2011, um depósito de R$ 175 mil proveniente de uma conta de Cachoeira.
> Empréstimo para compra de um apartamento
Nercessian, que é membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara Federal, não negou o valor. Justificou que é amigo de Cachoeira há 20 anos e recorreu a ele pedindo um empréstimo de R$ 160 mil para completar a compra de um apartamento no Rio de Janeiro.
Os R$ 15 mil restantes, declarou Nercessian, foram gastos para a compra, a pedido de Cachoeira, de uma frisa no Sambódromo, no carnaval deste ano.
> Valor já teria sido pago
Nercessian declarou ainda que já pagou o empréstimo de R$ 160 mil.
Acho bom pararem de ler este relatório, ou daqui a pouco o papa vai aparecer na relação como tendo recebido uma ajuda para Igreja.
Petista Ideli Salvati, ministra de Dilma, pagou fatura a empresa que fez doação a sua campanha ao governo de Santara Catarina.
Quando a imprensa marreta o cravo o lulo-petismo a escoima em deleites mil. Quando a pua se deita na ferradura a imprensa volta a ser a famigerada estupradora da fraternidade vermelha.
Objeto do primeiro cenário foi o moribundo senador Demóstenes Torres, pego com a boca no celular que lhe presenteou Cachoeira. O próprio senador já vaticinou seu fado: “sou um defunto político”.
> Ministra das Relações Institucionais volta às manchetes
Dada a traulitada em Torres, o martelo virou-se à ferradura, mais exatamente no calcanhar de Ideli Salvatti, ministra das Relações Institucionais: "O Estado de S. Paulo", edição de hoje (30), reporta que, ao garimpar a prestação de contas da ministra quando essa foi candidata ao governo de Santa Catarina (2010), observou que o PT recebeu doação de uma empresa que assinou um contrato de R$ 31 milhões com o Ministério da Pesca.
A “Intech Boating”, do ex-petista José Galízio Neto, logo após fechar o generoso contrato, doou R$ 150 mil ao PT de Santa Catarina, que bancou 81% da campanha de Ideli.
> TCU opina que a licitação foi dirigida
O TCU glosou o contrato sob suspeita de fraude à licitação (afirma que o certame foi dirigido), mas chegou tarde: Ideli, que não se elegeu, assim que assumiu o Ministério da Pesca, extremamente agradecida, pagou os R$ 5,2 milhões que a “Intech Boating” ainda tinha de saldo na malhadeira.
> Ministra observa que quando o contrato foi assinado ela ainda era senadora
Em nota, a ministra Ideli Salvatti declarou que a doação da “Intech Boating” não foi a ela e sim ao PT de Santa Catarina e que quando o Ministério da Pesca assinou o contrato com a empresa ela não era a titular da pasta.
Mas é certo que ela ficou muito alegre quando o contrato foi assinado com o seu ex-companheiro de sigla, pois estava toda sorridente no dia em que José Galízio Neto jogou a tarrafa nos R$ 31 milhões, como se vê na foto abaixo:
> Nem o cravo tampouco a ferradura
Se as justificativas da ministra se deferem, qual é o problema, então, desta celeuma toda com o senador Demóstenes?
Não foi a ele que o Cachoeira pagou R$ 3 mil e sim à empresa de táxi aéreo que o conduziu. Ainda, quando o Cachoeira conheceu Demóstenes esse nem era senador...
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