O
deputado Nélio Aguiar (PMN) participa do XVI Congresso Médico
Amazônico, que, nesta edição, irá debater os
Desafios Amazônicos na Gestão da Saúde Pública. Médico. O evento
acontecerá até o dia 25 deste mês, no Hangar Centro de Convenções e
Feiras da Amazõnia. Especialista em
otorrinolaringologia, o parlamentar, que atua em Santarém e Itaituba
conhece
bem a realidade da falta de médicos para atender a população que vive no
interior do estado. “A proporção médico/paciente no norte está muito
aquém do
desejado e nem salários compensadores seduzem os profissionais que
rejeitam as
ofertas de colocação em face da ausência de infraestrutra social em
grande
parte do nosso interior”, detalha.
A proporção médico por habitante recomendada pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) já ultrapassou o nível crítico e é uma das piores do mundo no norte
do Brasil. Hoje, cada médico que vive no interior do Estado atende em média 4,5
mil habitantes, enquanto a OMS recomenda que a proporção seja de um médico para
cada grupo de mil habitantes.
Nélio diz que a escassez já levou a sociedade à buscar soluções
extremadas, entre elas, a de validar o diploma de médicos formados fora do
Brasil. “Mas o receio da má-qualificação acadêmica comprovada em exames para o
reconhecimento profissional de bacharéis de outros países é
visto com reservas pelo governo”, alerta.
O médico defendeu em plenário na Assembléia Legislativa do Estado do
Pará, no último dia 11, que a realização do congresso vá além do
debate das patologias clínicas e sirva para indicar o rumo a ser tomado pelo
Ministério da Saúde (MS) na questão de política pública que é responsável pela
fixação do médico no interior. “Além do salário, ele precisa ter qualidade de
vida para si e para sua família. Do contrário, a carência médica vai persistir
e não cabe ao profissional o ônus da culpa”, alertou.
A carência de médicos no interior chegou a tal ponto de deixar 50
municípios sem nenhum médico. Em outras 32 localidades não haver nenhum ou só
um médico, como é o distrito de Castelo dos Sonhos, que fica a 1.100
quilômetros da sede de Altamira.
O Pará tem 7,4 milhões de habitantes, segundo estimativa do IBGE. Os dados do Conselho Regional de Medicina do Estado do Pará (CRM) mostram que há em atividade hoje 5.474 médicos, sendo 4.213 na Capital e somente 1.261 no interior. Segundo o Conselho Federal de Medicina, mais de 70% dos médicos procuram trabalhar nos grandes centros ou próximos deles em virtude da infraestrutura hospitalar ou para estarem próximos das universidades e de locais onde possam ter acesso a estudos e atualizações na área.(Texto: Kátia Aguiar) |
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Deputado Nélio Aguiar defende interiorização do médico
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Um comentário:
Sr Editor
Que o nobre deputado cobre pela falta de médicos porém que essa lacuna seja preenchida por quem tem afora diploma e cursos, o sentido de humanismo, solidariedade e respeito ao ser humano .
Alguém poderá dizer que isso sejam regras básicas para se tornar um méedico, porém na nossa região observamos que tais quesitos foram deixados de lado, unicamente focando o aspexto financeiro e o quanto mais atender melhor, ao bom estilo baciada e dessa forma poder engordar seus holerites ...
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