Rede Democratas
- O verdadeiro teor da conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes jamais será
completamente conhecido. Ficará a palavra de um contra a de outro.
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Porém, independentemente do que ocorreu, o ex-presidente Lula tem vindo
de uma escalada de desrespeito institucional desde há muito tempo. E,
pior, sempre insuflado por militantes, simpatizantes e mesmo jornalistas
pagos por verbas de empresas estatais.
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É possível, portanto, demonstrar que é perfeitamente factível o relato
de Gilmar Mendes segundo o qual Lula estaria disposto a fazer chantagens
para que o julgamento do mensalão seja adiado. Pior, que esteja
ajudando "bandidos" a divulgar informações falsas e caluniosas
sobre autoridades públicas.
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Para começar, desde que abandonou o governo, Lula anunciou publicamente
qual seria sua meta: “acabar com a farsa do mensalão”.
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Ora, para transformar em “farsa” uma série de eventos investigados pela
Polícia Federal, fartamente documentados pela imprensa, denunciados
pelo Ministério Público, e prestes a serem julgados pelo Supremo, é
preciso estar disposto a tudo.
- “Lula
não está fora de si. Está, isto sim, cada vez mais senhor de si.
Investido no figurino do personagem autorizado a desrespeitar tudo e
todos no cumprimento de suas vontades”, afirmou a colunista do Estado de S. Paulo, Dora Kramer.
- Continua a colunista: “E
por que (Lula) o faz? Porque sente que pode. E pode mesmo porque deixam
que faça. A exacerbação desse rude atrevimento é fruto de criação
coletiva e não surgiu da noite para o dia. A obra vem sendo construída
gradativamente no terreno da permissividade geral onde se assentam
fatores diversos e interesses múltiplos, cuja conjugação conferiu a Lula
o diploma de inimputável no qual ele se encontra em pleno usufruto”.
- Não deixe de ler a coluna: http://migre.me/9hegd
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O próprio local onde o suposto encontro entre Lula e Gilmar Mendes
ocorreu pode despertar suspeita: no escritório de advocacia do
ex-ministro Nelson Jobim. No gabinete do integrante do STF, por exemplo,
seria mais condizente se a reunião com os cargos que todos ocupam ou
ocupavam e o assunto que estava em questão.
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É preciso registrar que Gilmar Mendes já reiterou sua versão do
encontro com Lula. E foi além, disse que as acusações contra ele
produzidas por criminosos. “Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações", afirmou o ministro.
- Na Folha online: http://migre.me/9hxL1
- Já o ex-presidente se manifestou apenas dois dias após a divulgação dos fatos e por meio de uma nota.
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A tentativa de esclarecimento relativamente lacônica de Lula se mostrou
apenas como uma pausa em uma soberba crescente de quem passou a
acreditar em mitos que lhe eram atribuídos por bajuladores como: “o
maior brasileiro já nascido nessas terras”, “o homem que finalmente
governou para os pobres após 500 anos de exploração de uma elite
predatória”, entre outras estultices.
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Nesse ínterim, Lula também passou a desancar adversários políticos,
tratá-los como inimigos a serem extirpados. Passou a agir sem limites.
Um dos alvos de Lula, que fique claro, sempre foi o Democratas, que
nunca baixou a cabeça para as bravatas do ex-presidente.
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De acordo com o respeitado jornalista Fábio Pannunzio, o próprio Lula,
por incrível que pareça, foi responsável pelo vazamento do encontro com
Gilmar Mendes.
- Confira: http://migre.me/9htWy
- O evento com Gilmar Mendes pode ser um teto nessa trajetória aparentemente sem limites de um ex-presidente.
- O decano do STF, ministro Celso de Mello, deu o tom da gravidade da suposta ação de Lula. “Se
ainda fosse presidente da República, esse comportamento seria passível
de impeachment por configurar infração político-administrativa, em que
um chefe de poder tenta interferir em outro”.
- Leia mais no site Consultor Jurídico: http://migre.me/9hgcU
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Em meio a tanta obscuridade, a oposição fez o que se esperava dela.
DEM, PSDB, PPS e PSOL entraram com uma representação criminal contra o
ex-presidente na Procuradoria Geral da República. Lula pode ter
praticado no mínimo três crimes: corrupção ativa, tráfico de influência e
coação.
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O irônico nisso tudo é que Lula, movido pelo rancor, esteve por trás da
CPI do contraventor Carlinhos Cachoeira para tentar triturar seus
inimigos políticos. Não deu certo. Talvez por seus excessos, se vê agora no olho do furacão.
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