Alailson Muniz
O Estado do Tapajós
Os produtores rurais da região de Santarém apostam numa safra superior a do ano passado e com destaque, neste semestre, para as culturas de soja milho e feijão. A injeção na economia ultrapassa os R$ 80 milhões. "Será uma safra muito boa e vamos apostar nas culturas de soja milho e feijão", afirma Pio Stefanello, produtor em Santarém e Belterra que pretende colher 800 hectares de soja, 400 hectares de milho e 150 de arroz.
Os produtores rurais da região de Santarém apostam numa safra superior a do ano passado e com destaque, neste semestre, para as culturas de soja milho e feijão. A injeção na economia ultrapassa os R$ 80 milhões. "Será uma safra muito boa e vamos apostar nas culturas de soja milho e feijão", afirma Pio Stefanello, produtor em Santarém e Belterra que pretende colher 800 hectares de soja, 400 hectares de milho e 150 de arroz.
A boa safra esperada este ano com a perspectiva de uma arrecadação de R$ 84 milhões com a venda de soja só não deixa que a maior parte dos investimentos fiquem no comércio local porque os produtores têm que pagar empréstimos feitos junto a bancos e com os juros lá nas alturas.
Os altos custos de produção podem representar queda na produtividade. Não é o que vai acontecer em Santarém e Belterra, mas, endividados e com dificuldades para garantir crédito, muitos produtores têm optado por racionar o uso de insumos, especialmente o de fertilizantes, em até 35%.
Foram plantados cerca de 34 mil hectares de soja nos municípios de Santarém e Belterra e seis mil hectares de milho. Esse é o montante que deve ser colhido nesta safra. No caso da soja, são colhidos em média cinquenta sacas por hectare, o que equivale a 2,5 toneladas por hectare.
Pio Stefanello explica que, em seu auge, a produção agrícola na região chegou a plantar 94 mil hectares. Hoje, são apenas 50 mil hectares. Mas ele avalia que esse cenário vem mudando de forma considerável. Após uma queda em 2005 devido a baixa do preço do arroz e a pressão ambientalista, alguns produtores migraram para pecuária ou deixaram suas áreas ociosas. Portanto, ainda existe um potencial inerte de mais de 40 mil hectares para plantio.
Esse aumento também será importante agora com a região considerada livre de aftosa, pois poderemos aumentar a importação de carne de forma considerável. Apesar da cheia do rio Tapajós ter sido acima do normal, os produtores afirmam que a safra será boa e não deve ser prejudicada. "Muita chuva é ruim assim como um verão muito forte também", explica Stefanello.
O que ainda preocupa é a situação dos ramais. A precária trafegabilidade dos ramais por onde escoam as produções eleva os preços dos produtos e causa prejuízos aos produtores. Por conta disso, alguns ramais são recuperados pelos próprios produtores para não terem prejuízos o escoamento da produção. Pontes também são recuperadas.
O produtor do planalto não consegue escoar sua produção para as feiras na área urbana. Principalmente nos fins de semana, os produtores associados à Aprusan (Associação dos Produtores Rurais de Santarém), às vezes, não conseguem transportar seus produtos para as feiras do Aeroporto Velho e da Cohab, além do Mercadão 2000.
Em algumas estradas, os veículos conseguem trafegar, mas com muita dificuldade. Os ramais do Igarapé Açu, km 32, da BR-163 e Açaizal, km 35, são exemplos.
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