domingo, 13 de janeiro de 2013

Aqui jaz Aaron Swartz

Do Blog do Parsifal

Talvez você nunca tenha ouvido falar do rapaz da foto abaixo, mas usa, todos os dias, algo que ele desenvolveu para a internet.
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Uma utopia cibernética

Aaron Swartz, aos 26 anos, suicidou-se ontem (12) em Nova York. Ele era um dos mais respeitados hackers da atualidade e defendia que a rede, e todo o conhecimento que nela trafega, deveria ser livre: uma utopia cibernética.

Uma saga cibernética

Aos 14 anos, desenvolveu os algoritmos que proporcionam buscar conteúdo específico na internet e compartilha-lo. Aplicou a fórmula na fundação do Reddit e do Creative Commons, populares nos EUA.
O Google e todos os portais de buscas têm no algoritmo de Swartz o coração dos seus sistemas. Os RSS (feeds), popularizado pelos blogs de notícias, também são baseados na genialidade de Swartz.

Dores e depressão

O gênio era maltratado por fortes dores estomacais, terríveis enxaquecas e tendência depressiva, que se agravaram depois de, em 2011, na impetuosidade da juventude, ele ter aceitado o desafio de romper o firewall do sistema do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT): ele conseguiu a façanha e baixou 4,8 milhões de trabalhos da biblioteca científica da entidade replicando-os pela rede.

Processo

O MIT, mais renomado centro de estudos tecnológicos do mundo, não gostou da desmoralização e processou Swartz: a promotoria de Boston pediu 35 anos de prisão ao hacker.

The End
Talvez Swartz tenha preferido a libertação pela morte a ser preso em vida, justificando-se na bela indagação feita, ainda no século VII A.c, pela poetisa grega Safo de Lesbos, que teria preferido suicidar-se ao exílio, deixando como última lavra: “Existirmos, a que será que se destina?
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Foi com essa frase que Caetano Veloso começou a sua belíssima “Cajuína”, em homenagem a outro suicida, o poeta Torquato Neto.

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