Do Blog do Parsifal
Talvez você nunca tenha ouvido falar do rapaz da foto abaixo, mas usa, todos os dias, algo que ele desenvolveu para a internet.
Uma utopia cibernética
Aaron Swartz, aos 26 anos, suicidou-se ontem (12) em Nova York. Ele era um dos mais respeitados hackers da atualidade e defendia que a rede, e todo o conhecimento que nela trafega, deveria ser livre: uma utopia cibernética.
Uma saga cibernética
Aos 14 anos, desenvolveu os algoritmos que proporcionam buscar conteúdo específico na internet e compartilha-lo. Aplicou a fórmula na fundação do Reddit e do Creative Commons, populares nos EUA.
O
Google e todos os portais de buscas têm no algoritmo de Swartz o
coração dos seus sistemas. Os RSS (feeds), popularizado pelos blogs de
notícias, também são baseados na genialidade de Swartz.
Dores e depressão
O gênio era maltratado por fortes dores estomacais, terríveis enxaquecas e tendência depressiva, que se agravaram depois de, em 2011, na impetuosidade da juventude, ele ter aceitado o desafio de romper o firewall do sistema do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT): ele conseguiu a façanha e baixou 4,8 milhões de trabalhos da biblioteca científica da entidade replicando-os pela rede.
Processo
O MIT, mais renomado centro de estudos tecnológicos do mundo, não gostou da desmoralização e processou Swartz: a promotoria de Boston pediu 35 anos de prisão ao hacker.
The End
Talvez
Swartz tenha preferido a libertação pela morte a ser preso em vida,
justificando-se na bela indagação feita, ainda no século VII A.c, pela
poetisa grega Safo de Lesbos, que teria preferido suicidar-se ao exílio,
deixando como última lavra: “Existirmos, a que será que se destina?”
Foi com essa frase que Caetano Veloso começou a sua belíssima “Cajuína”, em homenagem a outro suicida, o poeta Torquato Neto.
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