Manaus - Aproximadamente 200 comunitários
quilombolas participaram das solturas simbólicas de quelônios nos
últimos dias 13 e 14, na Reserva Biológica do Rio Trombetas (Rebio
Trombetas), localizada no município de Oriximiná (PA).
Desde
2010, o trabalho de soltura de tartarugas é realizado em parceria com os
pesquisadores e voluntários do “Projeto Tartarugas da Amazônia -
Conservando Para o Futuro” - com o apoio do Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), onde está situado o laboratório/sede
do projeto - e desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBio).
A soltura de 2012 marca o fim do
período de reprodução das tartarugas, que inicia em setembro, mês em que
os quelônios sobem as praias para a desova, e vai até dezembro, com o
nascimento dos filhotes.
O número de filhotes de tracajás e
pitiús nascidos em 2012 no Lago Erepecu superou os dados de 2011. Foi
registrado o nascimento de 16,4 mil filhotes das duas espécies. Em 2011,
o número não passou de 15 mil filhotes nascidos. Desde 2008, quando as
atividades de fiscalização nas praias foram intensificadas, os registros
de nascimentos de filhotes têm subido positivamente. Em 2008, foi
registrado apenas o nascimento de 4,1 mil filhotes de tracajá e pitiú
dentre as 11 praias de desova da Reserva.
Já o número de filhotes
de tartaruga-da-amazônia nascidos este ano nas praias do Rio Trombetas
foi o menor dos últimos anos. O registro é de 21,9 mil filhotes nascidos
até o último dia 11. “O trabalho começou efetivamente em 2003 e no
início poucas famílias acreditavam no sucesso deste projeto. Felizmente
hoje já temos 27 famílias quilombolas envolvidas neste processo de
proteção das praias”, comentou José Risonei Silva, analista ambiental do
ICMBio e coordenador da Reserva Biológica do Rio Trombetas e Flona
Saracá- Taquera.
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