Lúcio Flávio Pinto
Articulista de O Estado do Tapajós
Cabeças das máquinas de tecelagem abandonadas. Foto: Carlos Matos |
Em
3 de setembro de 1953 o ministro da Fazenda, depois de ouvido o Banco do
Brasil, informou ao presidente Getúlio Vargas, em exposição de motivos, que “fora
atendido em caráter excepcional o pedido da Companhia de Fiação e Tecelagem de
Juta de Santarém, para que sejam importados três conjuntos de geradores de 400
kw e 10.00 sacos de cimento, em moeda não conversível”.
Era
o resultado de duas audiências que Elias Pinto, levando consigo os irmãos Tuji,
imigrantes japoneses que trouxeram a planta da Ásia, tivera no Rio de Janeiro
com o presidente.
A audiência foi marcada porque Getúlio se impressionou com a
saudação que o jovem político (então com 25 anos) lhe fez em Santarém, durante
sua passagem pela cidade, em campanha eleitoral, em 1950.
Entregou-lhe
um cartão e disse-lhe que, se fosse eleito, devia procurá-lo para tratar da
industrialização da fibra, um dos temas do discurso. O presidente cumpriu sua
promessa: encaminhou, com seu empenho pessoal, todos os pedidos que lhe foram
feitos, como a importação de máquinas e equipamentos, sem a necessidade de
divisas.
Assim começou a saga
da implantação da Tecejuta, a primeira grande indústria no Baixo-Amazonas paraense.
Uma história que terminou cedo – e, infelizmente, não terminou bem.
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