Alessandra Branches
Repórter
O coronel Costa Júnior revelou a O Estado do Tapajós que sente tristeza de deixar o município de Santarém diante da implantação do projeto piloto do Programa de Polícia Comunitária do estado. Segundo ele, o resultado do projeto é surpreendente e está colaborando na redução do número de brigas de gangues na cidade e já colocou atrás das grades mais de 18 traficantes. Costa Junior passará o Comando de Policiamento Regional (CPR/1) nesta quarta-feira, dia 13, ao coronel Sarmanho, em uma solenidade que será realizada no quartel do 3º Batalhão de Polícia Militar. Ele será transferido para a Belém.
Para Costa Junior, o programa Polícia Comunitária é um grande avanço para o município de Santarém que já viveu várias crises com a expansão de gangues na cidade. Por isso, o programa-piloto que foi implantado em Santarém durante a sua estadia na cidade, representa para ele, um dos principais marcos do seu trabalho no interior do estado. "Vou levar a experiência do trabalho desenvolvido em Santarém e dar seqüência na capital, haja vista que ela está necessitada. A população não se sente segura vivendo lá", disse ele.
Segundo dados fornecidos por Costa Junior, a Polícia Comunitária teve boa aceitação da população santarena. "Logo que cheguei a esta cidade fiquei impressionada de como sabem se mobilizar. Por isso, resolvi instalar aqui o primeiro pólo do programa e garanto que está dando certo", comentou ele, lembrando que já foram capacitados mais de 200 agentes comunitários que juntos a polícia tem o dever de analisar o que está acontecendo em seus respectivos bairros ouvindo de perto os clamores da população. "Durante o pouco tempo que estamos agindo em Santarém, nós conseguimos prender 18 traficantes. Isso porque a população denunciou. Só ela sabe quem faz o quê, perto de sua casa", revelou, parabenizando a sociedade.
Quanto aos entraves que teve para melhorar a gestão da Polícia Militar no município e região, Costa Júnior foi enfático e comentou em poucas palavras, que lamentou a falta de um relacionamento mais estreito com a prefeita Maria do Carmo. "Tínhamos que trabalhar em conjunto. Infelizmente, acredito que ela tem mais apreço ao nosso colega de trabalho, tenente-coronel Porto", admitiu.
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