Ativistas da organização não-governamental (ONG) Greenpeace bloquearam nesta segunda-feira (17) um navio que transportava madeira brasileira para portos da União Européia (UE). Parte da madeira, originária de Santarém (PA), foi desembarcada em Portugal e na Espanha. De acordo com o Greenpeace, por causa do protesto, as autoridades francesas recomendaram que o navio não se aproxime do porto e a tripulação tenta seguir para a Holanda.
Os ambientalistas argumentam que a madeira brasileira, apesar de ser exportada como produto legalizado, tem origem irregular e passa por um processo de 'esquentamento' entre a retirada da floresta e a chegada aos portos para exportação.
Em relatório divulgado hoje no Brasil, o Greenpeace aponta o bloco europeu como financiador da exploração ilegal da floresta. 'A demanda global por madeira e a falta de controle nacional e internacional estimulam e financiam a exploração ilegal e a UE possui uma responsabilidade importante', de acordo com o documento Financiando a destruição: a contribuição do governo brasileiro e do mercado europeu para a indústria ilegal e predatória de madeira na Amazônia brasileira. O relatório informa ainda que 36% da madeira amazônica são destinados à exportação e que 47% desse total vão para os 27 países da UE.
Na avaliação do Greenpeace, além da falta de controle europeu obrigatório, problemas do lado brasileiro, como falhas na fiscalização, impunidade, corrupção e falta de investimento são os principais gargalos do combate à exploração ilegal para exportação.
(Fonte: Agência Brasil)
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