Alesandra Branches
Repórter
Após reunião realizada entre os membros do Sindicato dos Médicos do Pará e a secretária estadual de saúde pública, Laura Rossetti, a comissão de médicos do Hospital Regional decidiu em assembléia realizada quinta-feira(03)dar continuidade aos atendimentos e por enquanto descartar qualquer possibilidade de paralisação.
"Pela primeira vez a Secretária estabeleceu prazos reais a fim de amenizar os problemas do Hospital Regional. Por isso, os médicos que trabalham naquela unidade de média e alta complexidade de Saúde, resolveram não paralisar e aguardar que as reivindicações sejam cumpridas. Contudo, é necessário ressaltar que nós (médicos), continuaremos exercendo nossas atividades desde que tenhamos insumos para trabalhar. De que basta estarmos lá se não tivemos os instrumentos essenciais para desenvolvermos a medicina?", perguntou o representante do Sindicato dos Médicos do Pará, sub-sede de Santarém, Rodrigo Rodrigues, acrescentando que vontade não falta.
"Se algum setor do Hospital ficou paralisado, pode ter certeza de que não foi por iniciativa dos médicos. A verdade é que os insumos são insuficientes para a demanda do hospital, que apesar de não funcionar em sua totalidade, atende um público significativo", explicou o médico.
Na reunião entre o Sindicato e a SESPA, ficou decidido que até o dia 12 deste mês, a secretaria deverá apresentar o modelo de gestão do Hospital Regional, considerada uma das reivindicações estratégicas da classe que pretende solucionar problemas como a aquisição de insumos e ainda, definir quem vai contratar os médicos (SESPA ou OSCIP). "A solução deste problema é fundamental para toda a região oeste que precisa do regional. Não serão apenas os médicos beneficiados, mas sim, a clientela que vem de longe a fim de receber atendimento e quando chega no hospital, não é atendido por falta de material", desabafou o representante do sindicato, acrescentando que grande parte dos médicos está trabalhando apenas com contratos verbais, não tendo qualquer documentação oficial dos funcionários.
Quanto ao pagamento dos vencimentos atrasados, a secretária Laura Rossetti prometeu que no próximo dia 15, o salário do mês de fevereiro será pago e no dia 21, será a vez do salário referente ao mês de março. A reunião da comissão de médico do HR contou com a participação de 20 profissionais.
Desde o mês de março, os médicos começaram a reivindicar melhorias no Hospital. Sem autonomia para comprar materiais essenciais para dar continuidade as atividades, a direção do Hospital teve que tomar providências e pedir apoio da SESPA depois que os profissionais que trabalham na unidade de média e alta complexidade de saúde começaram a reclamar na imprensa, alegando que sem gases, balão de oxigênio, materiais cirúrgicos e outros materiais, o Hospital Regional Público do Oeste estava preste a fechar as portas.
Na época, as denúncias davam conta de que serviços como radiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia, clínica médica e possivelmente a UTI neonatal e adulto estariam paralisados. As informações eram dadas pelos próprios médicos que trabalharam no Hospital e que desmotivados pelo atraso nos salários e pela falta de materiais resolveram paralisar alguns setores. Mais de 12 médicos ficarão sem trabalhar por falta de material.
Um comentário:
Já ouvi esta conversa fiada , agora o Pinóquio mudou apenss de calça para saia e ainda anda com o bobo da corte a tiracolo .
Pobre Saúde Hemorrágica .
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