sexta-feira, 23 de maio de 2008

Memória de Santarém - Lúcio Flávio Pinto

Congresso eucarístico
Foi "um dos mais belos e impressionantes espetáculos de fé" o encerramento do congresso eucarístico realizado em Santarém, em 18 de dezembro de 1960, que reuniu aproximadamente 40 mil pessoas. Alto-falantes colocados ao longo do percurso da procissão permitiram aos participantes do cortejo rezar as mesmas canções em harmonia. Impressionou aos observadores "o número de associações religiosas e o número elevado de associados presentes".
O Apostolado da Oração era o mais destacado: além da confraria de Santarém, tinha representações de outros lugares, com presença mais numerosa do Arapixuna. Numerosas também eram as congregações marianas, "com representações de todas as cidades do Baixo Amazonas". As bandeiras dessas associações "formaram bonito fundo para o altar monumento, com sua variedade de cores".
Quando a romaria chegou à praça do Congresso, "um mar de braços" ergueu-se para saudar a imagem de Jesus: "Véus, lenços, bandeirinhas, mãos, tudo se agitava no ar", enquanto "a usina apitava, rufavam os tambores, vivas, cantos, lágrimas, risos". Da comunhão, na véspera, participaram sete mil homens. No encerramento, o bispo, D. Thiago Ryan, proclamou que o santareno é "o melhor povo do mundo".
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Curto e grosso

Geraldo Pereira fez o que se pode classificar de discurso curto e grosso ao tomar posse como secretário municipal do prefeito Ubaldo Corrêa, em outubro de 1960. Disse simplesmente: "Na função pública não há amigos. Peço a cada um dos auxiliares que cumpram com suas obrigações e deveres a fim de que não me obriguem a usar das leis e regulamentos".

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