Alessandra Branches
Repórter
O Hospital Regional Público do Oeste (HRPO) inaugurado há exatos 11 meses pelo governo Ana Júlia (PT), continua sem funcionar plenamente. Depois de ameaças de paralisação por parte dos médicos que desenvolvem atividades naquele hospital, a secretária Laura Rossetti está em visita ao município de Santarém para tentar reverter à situação.
Esta semana Rosseti supervisionou o trabalho de equipes enviadas de Belém para avaliar a real situação dos setores de média e alta complexidade do hospital.
“Nós (médicos, enfermeiros, técnicos e outros), estamos trabalhando de acordo com o que nos é oferecido. Se não tem material, infelizmente o setor vai parando aos poucos, até que a secretaria seja acionada e os insumos necessários para desenvolvermos nossas atividades sejam comprados e enviados para o regional. Enquanto isso, os atendimentos vão sendo adiados”, contou o delegado do Sindicato dos Médicos do Pará em Santarém, Rodrigo Rodrigues, lembrando que depois de muita pressão a situação está melhorando aos poucos. “A verdade é que os insumos estão chegando com mais rapidez do que antes, parece que a saúde começa a ser tratada com mais respeito, diferentemente de antes. Contudo, nós aguardamos que as pendências judiciárias que envolvem o Centro de Integração de Apoio Profissional (CIAP) e a Secretaria Estadual de Saúde Pública (SESPA) a fim de saber quem realmente vai gerenciar o hospital e finalmente definir o modelo de gestão que será aplicado. Não suportaremos essa situação por muito tempo”, garantiu o médico.
Desde o início do ano, várias reivindicações foram feitas pelos médicos a fim de resolver o problema do HR, como a necessidade de identificar o modelo de gestão do regional e fazer com que a OSCIP tivesse autonomia para comprar materiais básicos para o funcionamento das atividades realizadas naquela unidade, além da assinatura dos contratos dos médicos e do pagamento dos salários atrasados. A SESPA também foi cobrada quanto à reestruturação do poço d captação de água do hospital que estava com problemas e comprometia o início do serviço de hemodiálise. “Agora, temos que rezar para que os problemas burocráticos sejam sanados em breve a fim de que o trabalho seja retomado, já que o chefe de cada equipe e setor do Hospital já identificou os problemas para a equipe da SESPA que por sua vez deve resolvê-los”, concluiu o médico. Segundo Rodrigo, apenas 22 dos 120 leitos disponíveis pelo hospital regional estão ocupados.
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