GISELE DE FREITAS
repórter
O padre Edilberto Sena comentou na manhã da última quinta-feira em seu editorial no jornal da manhã da Rádio Rural que suspeita das intenções da prefeitura de Santarém ao realizar um concurso público faltando menos de seis meses para o final deste governo. Para o padre, é muito suspeito que o concurso tenha sido anunciado 20 dias antes de se esgotar o prazo de inscrição, por se tratar de um ano eleitoral. Edilberto desconfia de estratégia política uma vez que a prefeitura realizará o concurso mas não admitirá ninguém este ano, deixando que os temporários permaneçam trabalhando para o município pelo menos até o final deste governo e com esperança de continuar para um próximo mandato já que nem todas as vagas serão preenchidas pelo concurso.
Edilberto afirma que a prefeita não teria pensado na "estratégia" sozinha e que a decisão de deixar um concurso para esta época do ano não foi por acaso e nem por descuido. "Finalmente o concurso público municipal foi marcado - 17 de agosto. Plano bem pensado, coisa de quem sabe plantar hoje para colher no tempo certo. Não parece decisão solitária da gestora municipal. Ela não tem cabeça maquiavélica, nem parece uma pessoa calculista" relatou o padre.
O padre relata que a prefeitura teve três anos e meio para realizar este concurso que já vinha sendo pressionada pelo sindicato dos profissionais da educação há muito tempo, embora outro sindicato de funcionários públicos concordasse com o atraso da prova.
O padre ainda lembra que o Ministério Público pressionou a prefeitura pela realização da seleção e mesmo assim o edital só saiu 20 dias antes do prazo em que a lei proíbe a realização de concursos públicos em ano eleitoral. "Justamente, dentro do período de campanha eleitoral, quando não é permitida nenhuma contratação, ou demissão de funcionário público, exceto em caso de justa causa, então ocorrerá o concurso. Diante da justiça significa que a prefeita cumpre a lei que exige o concurso, mas não empregará ninguém que tenha passado no concuro neste ano" critica o padre.
Edilberto ainda relata que é estratégico o não chamamento dos profissionais aprovados neste ano, pois assim os temporários continuam trabalhando. O padre acredita que tanto aprovados no concurso quanto funcionários temporários a espera de continuarem em seus empregos poderão ser generosos na urna.
O padre afirma que não sabe se quem planejou a data junto com a prefeita foi tão malicioso ou inteligente, mas que parece plausível em função dos fatos. "Mas que consolo! Parece chupeta em boca de criança chorona! Chupa o pipo mas não sairá leite. E assim caminha a humanidade nesta terra da índia Moaçara de saudosa memória" assim, cheio de ironia, Edilberto encerrou sua fala no ar.
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