Adriana Lins:
Início de mês, período de grande movimento no centro comercial de Santarém. Cenário escolhido pelos candidatos a vereador que estão ressuscitando um método de fazer política que visa um contato pessoal com o eleitor. As justificativas para adoção da prática são muitas. “Para olhar no fundo dos olhos do eleitor é necessário que o candidato tenha segurança nas suas propostas e ter coragem de assumir isso”, justifica um deles, que não pode ser mencionado por razões de respeito à legislação eleitoral.
Outro afirma que o eleitor está cansado de barulho e que o período eleitoral nos últimos anos transformou-se numa tortura para a sociedade com tantos carros som circulando fazendo anúncio das propostas de candidatos com um poder aquisitivo maior.
Cada um desses candidatos adeptos do corpo a corpo traz nas mãos um punhado de impressos. Entres estes há ainda os que têm um material com uma qualidade superior, impressos num bom papel ou aqueles que imprimiram suas propostas em papel mais barato e numa única cor e também os que utilizam cópias comuns feitas nas muitas copiadoras espalhadas pela cidade.
O maior argumento de quem redescobriu a prática é mesmo a mensagem que passam ao eleitor. “Sem recursos eletrônicos ficam mais difícil enganar. Aqui o candidato tem que ser muito bom, pois o eleitor está atendo para quem não fala com o coração” conclui um terceiro candidato.
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