Da Folha News
A inflação está afetando o nível de consumo de cerca de 80% das famílias brasileiras, de acordo com levantamento especial feito pela Sondagem de Expectativas do Consumidor de agosto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Entre as famílias com renda menor, a mudança do ritmo de consumo chega a quase 88% dos entrevistados.
Entre os entrevistados, 44,5% admitiram que estão trocando produtos e serviços por outros mais baratos; outros 35,4% afirmaram que estão procurando diminuir gastos de consumo por cautela, em função do cenário inflacionário; e 20,1% disseram que continuam comprando as mesmas coisas, e mantendo o padrão de consumo.
Entre as famílias com renda de até R$ 2.100, 51% declararam que estão procurando produtos e serviços mais baratos; 36,8% estão procurando diminuir gastos, e apenas 12,2% continuam com o mesmo padrão de consumo.
Alta renda
Já entre os consumidores com renda familiar superior a R$ 9.600, 27,6% disseram não ter alterado o nível de consumo; 36,5% admitiram que estão tentando diminuir os gastos por cautela, e 35,9% afirmaram estar procurando substituir produtos e serviços por outros mais baratos.
Os gastos com alimentação são a principal influência no orçamento de 61,6% dos entrevistados pela FGV. Os custos das tarifas públicas (energia, água, telefonia) foram destacados por 22,9% das pessoas ouvidas, e 10,3% apontaram os gastos com serviços em geral como o de maior impacto em seus orçamentos.Entre as famílias com renda de até R$ 2.100, 66,8% destacaram os custos da alimentação. Já os gastos com tarifas públicas foram os mais impactantes em 14,3% das famílias dessa faixa de renda.
Nas famílias com renda mais elevada (acima de R$ 9.600), a alimentação tem a maior influência no orçamento de 54,7% dos entrevistados, mas os gastos com tarifas públicas tiveram mais destaque no orçamento de 31,2% dos consultados.
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