Alessandra Braches
Repórter
As águas límpidas do lago do Papucu, local apropriado para a reprodução de peixes que alimentavam pescadores e moradores dos bairros Mapiri e Maracanã desapareceram. Com a chegada do período de chuvas, o aterro jogado e supostamente retirado do leito do lago destruiu o local. As águas que antes eram propícias a banhos de fim de semana, mudaram de cor e estão barrentas.
As obras de construção da Passarela que tem o objetivo de ligar os bairros do Mapiri e Maracanã foram paralisadas por decisão do juiz da 8ª Vara Cível de Santarém, Rômulo Brito, acatando pedido do Ministério Público Estadual que detectou o despejo de aterro irregular no Lago do Papucu e a inexistência do Estudo de Impacto Ambiental e, por conseguinte do Relatório de Impacto Ambiental, documentos essenciais para a realização de obras que podem comprometer o meio ambiente. Alguns moradores da redondeza garantem que a empresa trabalhou para retirar o aterro, mas infelizmente não deu tempo, as águas do lago começaram a subir rapidamente e parte do aterro ficou.
A decisão foi tomada depois que o Ministério Público Estadual -MPE- ajuizou uma Medida Cautelar de Urgência requerendo a paralisação da obra, dizendo que ela estaria irregular na medida em que não existia o Estudo de Impacto Ambiental e nem o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA). Diante disso, o juiz Rômulo Brito pediu a paralisação da obra e estipulou multa de R$ 50 mil caso a prefeitura e a construtora desobedeçam à decisão.
Obras na Tecejuta
As obras de construção do Porto de Cargas e Passageiros de Santarém andam a passos lentos. O Ministério Público Federal e o Ministério Público Estadual ingressaram com Ação Civil Pública na Justiça Federal a fim de que o governo faça primeiramente o licenciamento ambiental daquela área.
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