Ronaldo Brasiliense:
Os setores de mineração, construção civil e madeireiro foram os primeiros afetados pela crise econômica mundial em território paraense e as perspectivas para o futuro são sombrias. “Torço para que a marolinha não vire tsunami”, afirma o presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Altair Vieira, que reconhece que a crise ainda não teve grande impacto em todos os setores da economia paraense. Vieira, porém, prevê um aumento do desemprego no Pará já a partir de abril.
Afinal, estamos diante de uma crise mundial ou de uma marolinha, como batizou o presidente Lula?
ALTAIR VIEIRA – Por enquanto, aqui no Norte, está mais para marolinha, mas não acredito que vá continuar assim. Aqui na Amazônia as coisas demoram a chegar. Mas torço para que a marolinha não vire tsunami...
Como assim?
VIEIRA – A crise mundial já tem reflexos aqui. Na construção civil, por exemplo, as construtoras já estão encontrando dificuldades para vender seus apartamentos e as madeireiras encontram-se praticamente paradas, um reflexo da demora dos órgãos ambientais responsáveis de liberar os projetos, os planos de manejo florestal.<
A crise atinge principalmente as mineradoras, não?
VIEIRA – A crise atinge principalmente as empresas que exportam. A Vale teve que demitir por causa da retração no mercado internacional e agora mesmo a Embraer demitiu quatro mil funcionários e foi explicar ao presidente Lula que não teve outra saída diante da redução das encomendas de avião pelos mercados estrangeiros. Infelizmente, acho que a partir de abril, maio, as demissões vão aumentar também aqui no Pará.
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