Se a sentença de morte lavrada pelos profetas do monopólio virtual se confirmar, o fim do jornal impresso em papel empobrecerá o mundo. Ainda não estou convencido de que essa previsão seja inevitável. Estão com seus dias contados os jornais tal como existiam até o avanço da internet. Mas se enfrentarem ou se adaptarem à nova tecnologia, aproveitando seus benefícios (como a instantaneidade, a fantástica capacidade de armazenamento de dados, os recursos visuais e a interatividade) e explorando suas fraquezas (especialmente sua superficialidade e linearidade), poderão continuar a existir – e melhores.
Mas admitamos que não haja mais lugar para eles e tenham que procurar seu sítio nos museus: como será o mundo no dia em que não houver mais nenhum jornal à mão para que o leitor acompanhe as atividades de inauguração do novo dia – no banheiro, à mesa do café da manhã, no trem, na parada do ônibus ou ao lado do sofá para aproveitar a folga do trabalho?
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