O Galo-da-Serra (Rupicola rupicola) e o Rouxinol do Rio Negro (Icterus chrysocephalus) são dois pássaros pouco conhecidos da maioria dos brasileiros, mas no Japão estas e outras espécies existentes na Amazônia são valiosas. Considerado a Monalisa do tráfico, o rouxinol contrabandeado dos seringais da Amazônia é vendido a US$ 120 mil (cerca de R$ 270 mil reais) no mercado internacional da biopirataria e do tráfico de animais.
A revelação é do analista do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Amazonas, José Leland Juvêncio Barroso, em depoimento à CPI da Biopirataraia. Além de pássaros, segundo Leland, os biopiratas têm levado da Amazônia essências de plantas, microorganismos, peixes ornamentais, solo e até amostras de água dos rios amazônicos. Isso sem falar no sangue dos índios já à venda na rede mundial de computadores.
Para o professor Gonzalo Enriquez, da Universidade Federal do Pará (UFPA), o crescimento da biopirataria na Amazônia resulta da inércia governamental que tornou o País refém de detentores das tecnologias de ponta, que buscam de forma arbitrária, a transferência de recursos genéticos para suas indústrias, principalmente a farmacêutica.
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