sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Alunos do Alvaro Adolfo protestam por melhorias e denunciam que estudam debaixo de árvores

Da Redação

Na manhã do dia 18, alunos da escola Álvaro Adolfo da Silveira fizeram uma passeata saindo da escola passando pelas ruas do centro da cidade até o Ministério Público Estadual. O protesto foi contra as precárias condições do prédio da escola. O Grêmio Estudantil organizou o manifesto e montou uma comissão para falar com o Promotor de Justiça Dr. Hélio Rubens P. Pereira. Além dos representantes do Grêmio, a comissão contou a participação de duas professoras e da Técnica em Educação Joana Cunha Bernardo.
O promotor recebeu os manifestantes e ouviu novas reclamações do caso. Segundo o Dr. Hélio, esse é um fator inédito na história paraense - que ele tenha conhecimento -, alunos que tem a iniciativa de ir reivindicar por reformas na escola.
O promotor Hélio Rubens ajuizou Ação Civil Pública contra o Estado do Pará pedindo que a justiça determine no prazo máximo de noventa dias, a execução de obras nas escolas Plácido de Castro e Álvaro Adolfo da Silveira, que correm o risco de incêndio e desabamento. Ele afirmou que apesar de a publicação da Ação estar constando no dia 03 de junho, nesta data foi feita a publicação à imprensa. Para tornar-se oficialmente publicado o Estado precisa receber uma citação do Ministério via oficial de justiça para só então ser contada como data legal. Portanto, o governo estadual ainda está no prazo, pois só recebeu a citação semana passada.
Na ocasião foram acrescentadas novidades da situação do prédio da escola como o caso do pavilhão 2, com 7 salas dando um total 21 turmas só desse pavilhão não tem aulas pelo fato da fiação elétrica estar comprometida. "Nem as lâmpadas e nem os ventiladores são ligados, temos medo de pegar tudo fogo", confessa uma estudante.
Outra reclamação feita ao promotor foi a de que a cozinha da escola não estar apropriada para o acondicionamento devido da merenda escolar. "Desde maio a merenda foi disponibilizada para os alunos do Ensino Médio, mas por falta de estrutura da cozinha voltaram duas vezes da porta da escola", reclama Aya Cristina, professora da escola. Ela reforça dizendo que os alunos estão tendo aulas debaixo das árvores , pois não suportam o calor e têm medo do desabamento do telhado.
Uma aluna relatou também que, no dia 13, um ventilador caiu do telhado da sala, no momento da aula, passando há poucos centímetros de um aluno.
Sobre os kit's escolares, o representante do Grêmio Estudantil, da manhã, Rubens de Sousa disse que eles foram entregues separadamente. Primeiro, entregaram a agenda e a mochila no final do mês de abril, depois, em junho, entregaram o restante que são duas camisas. "A mochila não tem como usar, ao colocar um livro se soltam as alças", relata Rubens. Indagado se eles tinham recebido alguma justificativa sobre a demora da entrega dos kit's, ele contou que a explicação dada aos alunos era de que a escola abriu licitação para que as camisas fossem confeccionadas em Santarém.
Os casos relatados ao promotor serão adicionados à Ação. Com relação à outras escolas Hélio Rubens disse que sua intenção é de atender as reivindicações de todas as escolas de Santarém, não só as da área urbana, mas como as do interior também. Reforçou que está empenhado em ajudar as escolas necessitadas.

Um comentário:

Rubens de sousa disse...

ha um erro e protestam e não "protesam" e muito importante toda essa divulgação desses fatos que vem acontecendo no a.a.s. mas isso acontece nas outras escolas os alunos não estão usando as bolsas que receberam, pois e impossível carregar dois livros e um caderno na mesma,o nosso dinheiro foi mal empregado.esperamos que logo seja resolvido esses transtornos que estamos passando, pois muitos direitos estão sendo feridos como educação + de qualidade, merenda escolar, laboratórios estão fechados, etc