Cilícia Ferreira
Repórter
Policiais militares que fazem ronda no centro comercial e integrantes de equipes de patrulhamento motorizado da PM revelaram esta semana a O Estado do Tapajós que não efetuarão mais prisão de vendedores de CD's e DVD's piratas porque os delegados se recusam a lavrar os flagrantes. Segundo Germano do Vale, Delegado Diretor da 16ª Seccional de Santarém, os vendedores conduzidos à delegacia não são presos em flagrante. O inquérito é aberto por portaria.
O delegado informa que a mudança aconteceu devido ao grande índice de acusados serem presos em flagrante e depois de receberem liberdade provisória cometia o mesmo crime e novamente era preso.
Os inquéritos por flagrante têm o período de 10 dias para ser concluído, enquanto o por portaria tem 30 dias.
O delegado Germano informou que o inquérito não é menos importante que o aberto a partir do flagrante, apenas leva mais tempo para ser apurado e encaminhado ao poder judiciário.
Ele informou que 80% das apreensões são feitas pela Polícia Militar, mas outras apreensões também são realizadas pela Civil. De acordo com o delegado, nenhuma operação especial para o combate à pirataria foi realizada durante sua administração.
Questionado se a alteração de modalidades de inquéritos ter se dado pela falta de espaço no centro de triagem, Germano do Vale explicou que não tem ingerência sobre o setor de triagem. "O que a polícia faz é apurar o caso e encaminhá-lo ao poder judiciário, o setor de triagem fica subordinado à SUSIPE.
Enquanto isso, o centro da cidade está tomado por vendedores de cd's e dvd's piratas. Nas ruas mais movimentadas do centro comercial é possível notar a presença desses vendedores.
A reportagem do jornal O Estado do Tapajós conversou com alguns deles que, naturalmente, não quiseram se identificar. Eles são unânimes em dizer que estão nesse mercado por falta de oportunidade de emprego e que a única opção é ser ambulante.
Um deles disse que sempre foi vendedor ambulante, mas confessou que a venda de piratas rende muito mais do que outros produtos. A reportagem perguntou se o faturamento deles é superior a um salário mínimo.
Todos responderam que o rendimento é bem compensador, um deles confessou que já chegou a faturar mais de 3 mil reais em um mês, mas que o faturamento é de acordo com o movimento no comércio e que nos tempos de festas o movimento aumenta e as vendas acompanham o crescimento.
Um comentário:
Resumindo: É O ESTADO PERDENDO PARA O CRIME!
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