Cilicia Ferreira
Repórter
Uma das principais críticas do Conselho Municipal de Saúde ao modelo de funcionamento do Hospital Regional do Baixo Amazonas é o sistema de marcação dos retornos de consultas nas unidades básicas de saúde, obrigando o paciente, muitas vezes debilitado pela doença e pela luta para conseguir a cura, precisar voltar ao centro de saúde onde fez a marcação da consulta eletiva para também agendar o retorno.
Na última quarta-feira, os conselheiros se reuniram com o diretor do Hospital médico Hebert Mareschi, reivindicando que as consultas de retorno sejam reguladas pela própria Sespa e não mais pela secretaria municipal de Saúde de Santarém que, pela pactuação, é a responsável pela regulação das internações do Hospital Regional. Se atendido o pleito do conselho, esse retorno poderá ser marcado diretamente no HRBA, logo após a saída da primeira consulta ou cirurgia.
Foi o caso citado pelo neurocirurgião Eric Jennings. Ele relatou que um paciente que operou de hérnia de disco, saiu do regional com o dia marcado para retornar, mas foi informado que precisaria ir até oposto de saúde do seu bairro para marcar o retorno, assim como foi pactuado entre SESPA e SEMSA. O paciente estava no seu pós-operatório e foi informado que a consulta de retorno iria demorar muito, além da data que ele sabia. Mas se quisesse que ter a consulta marcada para logo, teria que pagar uma "ponta" para a atendente do posto. O paciente revoltado, pagou uma consulta particular com o Dr.Eric e contou o fato. O médico levou o caso até o Dr. Valter Sininbú, responsável pela central de regulação no município.
Hebert disse que a central de regulação concentra atualmente todo um acesso ao hospital regional e aos demais serviços, que está passando por ajustes e no decorrer do próximo dois meses (fevereiro e março) o acesso será facilitado muito mais rápido com agendamentos feitos pelo HRBA com a comunidade. O novo diretor do hospital regional, reconheceu que esses problemas precisam ser reparados e que os serviços ociosos são um exemplo do mau funcionamento do hospital. O diretor diz que o perfil do hospital é de alta e média complexidade .
Nenhum comentário:
Postar um comentário