O ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, revelou com exclusividade a O Estado do Tapajós que estão suspensas desde janeiro cerca de 10 mil carteiras de pescador no estado do Pará. Outros 15 mil documentos estão sendo auditados pelo ministério e poderão ter sua validade também suspensa. O ‘pente-fino’ nas carteiras de pesca começou a ser realizado depois que o ministério recebeu denúncia do derrame de carteiras em mãos de pessoas que não atuam no setor. Em Santarém, Gregolin visitou a estação de piscicultura de Santa Rosa, garantido verbas para a instalação de laboratórios de pesquisa de alevinos e assinou convênio com a prefeitura de Santarém para construção de um entreposto pesqueiro artesanal.
Segundo uma fonte do setor, há um exagero no número de carteiras de pescador no estado do Pará. " Se formos dividir a produção de pescado catalogada pelo Ministério da Pesca e Sepaq pelo número de pescadores, a produção anual de cada um será de apenas 2 quilos de peixe, o que é irrisório", revelou. Por causa desta desproporção entre o número de pescadores e a produção de pescado artesanal é que o ministério resolver fazer uma checagem rigorosa nos cadastros.
Outra anomalia apresentada pelo cadastro dos pescadores é o número elevado do benefício do seguro-defeso. Em Santarém por exemplo, mais de 6 mil pescadores receberam o benefício este ano, mas a produção artesanal pesqueira é pequena. O mesmo acontece em Alenquer, onde mais de 10 mil pescadores são beneficiados. Com a medida, o ministro Gregolin espera "colocar um dedo no suspiro dos falsos pescadores".
Nenhum comentário:
Postar um comentário