No dia 19 de janeiro, a governadora Ana Júlia recebeu em seu gabinete, no Palácio dos Despachos, o secretário de planejamento de Santarém, Everaldo Martins, ocasião em que lhe foi feito convite para substituir Cláudio Puty a partir de abril. Só depois, então, o nome de Everaldo para a Casa Civil foi levado ao conhecimento do deputado Paulo Rocha, recebendo apoio, assim como também a aprovação das outras tendências petistas.
Fonte bem situada no ninho petista garante que a mudança na Casa Civil ja estava acertada bem antes do imbroglio que envolveu o envio da carta da deputada Bernadete Tem Caten à governadora Ana Júlia, reclamando da provável indicação de Raimundo Oliveira, chefe do Incra de Marabá, para fazer dobradinha com Cláudio Puty, este pré-candidato da tendência da governadora, a DS, a deputado federal.
A candidatura de Oliveira a deputado estadual e a substituição deste por um nome também ligado a Puty deflagrou a crise na semana de aniversário do PT e foi o mote para que as demais tendências do PT se manifestassem mais abertamente, inclusive, pela imprensa.
A saída de Puty da Casa Civil, garante a fonte, já estava definida por Ana Júlia para o dia 3 de abril, mesmo Puty tendo demonstrado à governadora o seu desejo de sair do cargo antes dessa data, uma vez que sentia-se incomodado com as críticas que sofria todas às vezes que atuava, em nome do governo, para resolver problemas surgidos no interior do estado.
Antes de convidar Everaldo, a governadora Ana Júlia foi informada que não teria problemas com as demais tendências se o substituto de Puty fosse um nome da própria D.S, desde que o mesmo não fosse candidato nestas eleições e tivesse um perfil mais de gestor do que de articulador político.
A fonte garante que a DS abriu mão do cargo, uma vez que os demais postos da Casa Civil continuariam sendo comandados pela tendência.
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