segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

População de Rurópolis fará bloqueio por energia

No AMAZÔNIA:

Moradores do município de Rurópolis, sudoeste do Pará, prometem bloquear a rodovia Transamazônica a partir de hoje. Comunitários da vila Água Azul, descontentes com a falta de energia na localidade, pretendem interromper o tráfego de veículos no trecho que interliga Rurópolis a Altamira. A cidade, que possui cerca de 27 mil habitantes, recebe o linhão de Tucuruí há 12 anos. No entanto, entre Rurópolis e Água Azul nunca houve o rebaixamento da energia elétrica.
Segundo avalia o deputado estadual Airton Faleiro (PT), embora a rede de alta tensão (AT) esteja cruzando o município, existe todo um processo para converter a energia de AT para baixa tensão (BT). 'As residências não podem receber energia em AT, apenas em BT. O local tem subestação, porém, ainda precisa de alguns trâmites para que esta energia seja rebaixada', destaca.
Faleiro afirma que o rebaixamento da energia de AT para BT depende da aprovação do Comitê Gestor do Programa Luz para Todos.
'O processo que leva energia para àquela região está enquadrado na etapa oito - sendo que recentemente foi concluída a etapa sete. Com o início da próxima etapa, é preciso seguir uma série de hierarquias que estão numeradas conforme a prioridade', explica o deputado. Na lista de prioridades, a chegada da energia elétrica em Rurópolis está na 70ª posição - ou seja, deve acontecer somente no final de 2010, ou mais provavelmente em 2011. Segundo afirma Faleiro, a etapa oito deveria ter sido executada em 2008.
O deputado lembra que na próxima reunião do Comitê Gestor, marcada para o dia 5 de fevereiro, a proposta dos moradores de Rurópolis será discutida. 'Este é o meu argumento para que eles não fechem a rodovia, pelo menos até que saiam as decisões do próximo encontro do Comitê', revela. Segundo comenta Faleiro, tanto a Celpa como a Eletronorte se mostraram favoráveis à antecipação do calendário no caso de Rurópolis. 'Se eles bloquearem a rodovia, causaram grande impacto na logística dos municípios próximos. A região pode ficar sem combustível e alimentos. O prejuízo será compartilhado com pessoas que nada tem a ver com a falta de energia', afirma.

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