Por Gerson Nogueira:
Com o placar definido ainda no primeiro tempo - gols de Moisés, aos 45, e Vélber um minuto depois -, o Re-Pa mais atrapalhado de todos os tempos foi tecnicamente um jogo acima do esperado, com bons momentos dos dois lados e lances eletrizantes até os instantes finais. No primeiro tempo, o Remo esteve mais tempo com a bola e teve ligeira superioridade até a expulsão (corretíssima) do volante Ramon aos 40 minutos.
A partir daí, o Paissandu passou a mandar na partida e pressionou seguidamente, com muito perigo. Até que, em jogada iniciada pelo lado direito de seu ataque, a bola foi lançada por Luciano Dias para o interior da área e Moisés, oportunista e veloz, antecipou-se aos zagueiros e mandou para as redes de Adriano.
Os jogadores do Paissandu se prolongaram nas comemorações do gol de Moisés e custaram a recompor a defesa. Gian deu a saída rapidamente, passou por dois marcadores e tocou para Vélber, que entrou livre para encobrir o goleiro Alexandre Fávaro e empatar a partida. O Remo substituiu Marciano por Marlon para recompor o setor de marcação.
Na sequencia, o Paissandu ainda teria a dupla oportunidade de desempatar, depois que a bola bateu no travessão de Adriano e, no rebote, foi cabeceada novamente na trave pelo atacante Luciano Dias.
Na etapa final, a situação se inverteu: o Paissandu tinha o domínio das ações, tocava a bola quase com liberdade em seu campo, mas não conseguia ser incisivo nos lances de área. O técnico Barbieri, aos 20 minutos, lançou o veterano Zé Augusto no lugar do lateral direito Parral e aumentou seu poderio ofensivo, embora o atacante tenha sido deslocado para jogadas pelos lados do campo.
O volante Sandro, mais recuado, organizava as jogadas, tentando lançamentos para Brida (que entrou no lugar de Fabinho), que atuava como ala, e Jênison (que substituiu Tácio), pelo lado direito. Confuso e errando muitos passes, Jênison não dava andamento às jogadas e atrapalhava as tentativas de Moisés, que tentava se deslocar constantemente para confundir os zagueiros do Remo e o bloqueio de Danilo, incansável no combate à entrada da área.
O Remo pressionava esporadicamente, aproveitando o contra-ataque através de lançamentos longos de Gian para Héliton e Vélber. Em um desses lances, Héliton invadiu pela direita e disparou forte, à meia-altura, para boa defesa de Fávaro. O Paissandu deu o troco em grande jogada na entrada da área, finalizada por Zeziel em meia-bicicleta. Adriano espalmou em lance de puro reflexo.
Sinomar Naves fez sua última alteração (o estreante Índio, havia sido substituído ainda no primeiro tempo, por Levy), tirando Gian, cansado, e lançando Samir para ajudar na armação. O Paissandu, porém, continuava mais presente no ataque e perdeu boa chance com Luciano Dias, que mandou a bola rente à trave, aos 41 minutos. Na saída rápida para o ataque, uma boa trama iniciada por Marlon quase resultou em gol remista, após disparo de Héliton da entrada da área.
A igualdade no placar terminou sendo o resultado mais justo para o clássico, pela produção e empenho das duas equipes, mas os bicolores lamentaram as oportunidades não aproveitadas. (Foto: MARCELO LÉLIS/Bola)
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