A imprensa esportiva brasileira perdeu nesta segunda-feira um de seus melhores textos. Aos 83 anos, morreu no Rio de Janeiro o jornalista Armando Nogueira, que lutava desde 2007 contra um câncer no cérebro. O falecimento ocorreu por volta das 7h, no apartamento do cronista, na Lagoa, Zona Sul da capital fluminense. Nascido na cidade de Xapuri (AC) em 14 de janeiro de 1927, Armando mudou-se para o Rio aos 17 anos e de lá não saiu mais.
Botafoguense assumido, começou a trabalhar na imprensa esportiva em 1950, ano da Copa do Mundo realizada no Brasil, na seção de Esportes do Diário Carioca. Na época, o jornal reunia grandes nomes da imprensa carioca como Otto Lara Resende, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, entre outros.
Além do Diário Carioca, Armando Nogueira colaborou com o Diário da Noite, teve passagens pelas revistas Manchete e O Cruzeiro e, em 1959, ingressou no Jornal do Brasil. Em 1966, começou a trabalhar na Rede Globo, onde ficou por 25 anos, e foi um dos pioneiros do telejornalismo da emissora e responsável pela criação dos programas Globo Repórter e Jornal Nacional – dois dos principais telejornais da Globo até hoje.
Armando Nogueira esteve presente nas coberturas de todas as Copas do Mundo de futebol desde 1954 e de todas as Olimpíadas desde 1980. Até recentemente, antes de ter a saúde debilitada por conta do câncer, assinava uma coluna reproduzida em 62 jornais do país. O cronista escreveu dez livros ao longo da carreira, todos sobre esporte.
Em homenagem a Armando, o time do Botafogo entrará em campo hoje à noite contra o Boavista, pelo Campeonato Carioca, usando uma tarja preta no uniforme, simbolizando o luto pela morte do jornalista. (Da ESPN)
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