Analisando um grupo de municípios no interior do Amazonas, os autores Luke Parry, da Universidade de Lancaster, na Inglaterra, Carlos Peres, da Universidade de East Anglia, e Silvana Amaral, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), relatam que houve uma queda de cerca de 33% na extensão com população permanente nos rios, mas não na exploração comercial da floresta.
Dados oficiais e trabalho de campo mostraram que há extração de recursos naturais a até 800 km após o último assentamento permanente. O estudo inclui diferentes tipos de extrativismo: de ouro, madeira, animais, castanhas e piaçava. Os “exploradores” podem ter origem nas cidades mais próximas ou até em outros estados, enfrentando longos deslocamentos.
O estudo aponta uma mudança no perfil de ocupação da Amazônia nos últimos 25 anos - as maiores concentrações populacionais que ainda crescem se encontram a até 300 km dos centros urbanos, enquanto o “interior profundo” perde habitantes progressivamente. (G1)
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Amazônia: População se concentra nas cidades, mas exploração da floresta persiste
Estudo publicado pela revista “Conservation Letters” aponta que o êxodo rural na Amazônia não significa necessariamente uma redução da exploração descontrolada de seus recursos naturais.
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