Agência Pará A greve dos professores do ensino público estadual deixou de ser um movimento por melhores salários para se tornar um movimento de caráter político, conduzido por um pequeno grupo de lideranças partidárias. A eles, não interessa a negociação. O governo do Estado sempre esteve aberto ao diálogo com os professores. Sempre reconheceu o valor profissional dos trabalhadores da educação, e por isso levou as negociações salariais até os limites permitidos pela legislação e pelo orçamento do Estado. Mas a intransigência de parte da liderança grevista se recusa a voltar para as salas de aula, deixando fora das escolas parte dos 800 mil alunos em todo o Pará. O ano letivo está quase inviabilizado, e com risco de comprometer o de 2011. Alunos da rede pública que se preparam para o vestibular são os mais atingidos. É um prejuízo grave ao futuro da juventude. A Seduc e a Sepof conduziram sucessivos acordos em torno do Plano de Cargos, Salários e Remuneração (PCCR), e não vê justificativas para a continuidade da greve. Entre 2007 e 2010, o governo concedeu reajuste de 46,57% no vencimento base do professor que trabalha em regime de 200 horas; realizou concurso público; garantiu auxílio alimentação aos profissionais da educação, e enviou à Assembleia Legislativa o PCCR, uma reivindicação histórica da categoria. O próprio sindicato reconhece que o PCCR "já significa uma vitória", mas insiste em prejudicar os alunos e ameaçar o cumprimento do calendário escolar e a qualidade do ensino. Diante das manobras protelatórias do movimento, o governo decidiu que cortará o ponto dos grevistas e exigirá a reposição de todas as aulas. Para isso, constituirá uma comissão com a participação de técnicos, alunos, pais e professores, para monitorar o cumprimento da medida. |
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Caráter político da greve dos professores prejudica ano letivo
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