Imagem de Santarém, em aquarela de Hercules Florense, desenhista da
Expedição Langisdorff.
A pintura retrata a Pérola do Tapajós, em 1828, vista do alto do morro da Fortaleza, atual praça do Mirante.
A 30 de agosto de 1825, o barão Georg Heinrich von Langsdorff e sua equipe, da qual faziam parte o botânico alemão Ludwig Riedel, o astrônomo e cartógrafo russo Nester Rubtsov, os pintores franceses Amadei Taunay e Hercules Florence e o médico e zoólogo alemão Christian Hasse, deram início à Expedição Langsdorff que, a partir de São Paulo, percorreria regiões hoje compreendidas pelos estados do Mato Grosso do Sul , Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Pará. Mantendo como eixos os rios Tietê, Paraná, Pardo, Taquari, Paraguai, São Lourenço e Cuiabá, alcançaram Corumbá e a seguir Cuiabá. A partir deste ponto, subdividindo-se pelos sistemas Guaporé-Mamoré-Madeira e Arinos-Juruena-Tapajós, alcançaram o rio Amazonas e mais tarde o porto de Belém, ali chegando em setembro de 1828.O planejamento original previa o retorno por terra à capital do Império. No entanto, desde o Mato Grosso a maior parte dos viajantes foi acometida por moléstias muitas vezes desconhecidas. O próprio Langsdorff, vítima de febre, fatigado e com fome, já no Tapajós demostrava sinais de amnésia. Quando a expedição alcançou Santarém, no Pará, seu estado de saúde era desesperador. Restava à expedição retornar por via marítima ao Rio de Janeiro. Langsdorff jamais recobrou sua saúde. Impossibilitado de retomar suas atividades, aposentou-se e foi viver em Freiburg, no sul da Alemanha, onde morreu em 1852.
* Hercules Florence, artista francês considerado como o integrante possuidor de maior rigor científico na Expedição, realizou 139 imagens, sendo os seus trabalhos botânicos qualificados como exemplares. francês presente na expedição original.
É de Florence aquarela dos índios apiacás, na divisa do Pará com o Mato Grosso, onde nasce o rio Tapajós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário