Aritana Aguiar
O hábito de usar celular pode estar aposentando o amigo inseparável de muita gente até há uma década. Mas não é só a telefonia móvel que pode estar condenando o outrora famoso orelhão à peça de museu em Santarém: Levantamento realizado pelo jornal O Estado do Tapajós em áreas de grande fluxo de pessoas, revela que praticamente não há telefone público. Quando há, a maioria está em pane. E pior: postos de revenda da OI não têm disponível recarga para cartões.
A Avenida Mendonça Furtado possui apenas seis orelhões num perímetro entre travessa Assis de Vasconcelos e travessas dos Mártires, desses seis apenas quatro funcionam. Na Avenida Tapajós, na área da travessa dos Silva Jardim e Assis de Vasconcelos, funcionam seis orelhões dos oitos instalados nesse perímetro.
Quem sobe na Avenida Mendonça Furtado em direção ao Centro Comercial, no perímetro Assis de Vasconcelos até a Moraes Sarmento não encontra nenhum orelhão, ou seja, uma grande dificuldade em encontrar telefone público e, ao conseguir ainda o encontra inoperante.
Edmilson Gomes, que possui um orelhão frente a sua mercearia, afirma que há três anos um funcionário da empresa prestadora de serviço do telefone fixo fez um cadastramento com ele, mas não explicou o porquê. Atualmente está há seis meses sem vender cartão telefônico por que nenhum dos vendedores autorizados voltou para reabastecê-lo. "Na época eu vendia uma média de 10 cartões diariamente, e até hoje as pessoas ainda procuram", declarou.
Essa falta de orelhão na cidade também ocorre para quem caminha na travessa Assis de Vasconcelos e encerra na Avenida Magalhães Barata (Rodagem). Funcionam cinco orelhões e um inativo. "Não gosto de usar celular, mas considero importante, pois moro no interior e torna fácil para realizar uma ligação", diz Monta Pinto, morador da várzea, e completa: " os telefones da cidade não são muito bons, às vezes demoro para conseguir uma ligação".
Uma ligação de orelhão para telefone fixo chega custar 36 centavos, e para celular de 70 centavos a um real. As operadoras de celulares cobram acima de um real para fixo, e fica mais barato quando a ligação é para telefone da mesma operadora.
Joissina Viana, dona de uma banca de jornal, afirma que ainda vende uma média de 20 cartões telefônicos diários, mas o campeão de venda são os cartões para celulares, 50 unidades diariamente. "Quando a maioria das pessoas não consegue ligar pelo celular, elas compram o cartão telefônico fixo. Próximo a banca existem dois orelhões e um já está fora de operação", afirmou.
Mas a aposentada Marta Dantas mesmo possuindo celular não deixa de utilizar o telefone público, "quando acabam os créditos, compro um cartão telefônico, afinal a ligação é mais barata."
Em nota enviada pela comunicação corporativa da operadora, com sede em Belém, a operadora informou que devido os telefones serem instalados em vias públicas não há como evitar o vandalismo.
A operadora afirma que em 2009, 98 % dos pedidos de reparos foram atendidos, e a empresa está cumprindo com a meta estabelecida pelo órgão regulador, a Anatel Mas não fazem nenhum posicionamento quanto à instalação de novos aparelhos
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