Aritana Aguiar
Free lancer
Segundo o comandante da Delegacia Fluvial de Santarém, capitão Paulo Antônio Carlos, nas vistorias realizadas nas embarcações são encontrados motores com seus eixos e partes móveis descobertas. "Em 2010 detectamos uma faixa de cinco embarcações com o eixo do motor desprotegido", afirmou. E alerta que foram encontradas embarcações protegidas com madeiras, que há frestas, espaçosa que permite a entrada dos cabelos. De 1982 a 2009 o Pará registrou 242 casos de escalpelamento. Segundo dados da Sespa, em média 80% dos casos de acidentes acontecem na região amazônica, afetando principalmente mulheres e meninas adeptas dos cabelos longos.
Mesmo havendo essas infrações o comandante afirma que os donos de embarcação têm colaborado com a campanha em fazer a proteção dos eixos e parte móveis dos motores. "Os comandantes das embarcações têm contribuído, o índice de barco com esses problemas não é tão grande. Justamente devido à campanha que a Marinha do Brasil já vem realizando algum tempo, com o intuito de ajudar os proprietários, até mesmo orientá-los quanto à cobertura dos procedimentos", explicou Paulo Antônio Carlos.
De acordo dados da Sespa, em média 80% dos casos de escalpelamento ocorrem na região amazônica, das 242 vitimas de 1982 a 2009, a grande maioria são dos municípios localizados na Ilha do Marajó. Este ano foram registrados 3 casos, sendo que uma o escalpo foi parcial. No Baixo-Amazonas segundo o comandante, o último caso registrado foi em 2009 na região da cidade de Itaituba. " O eixo do motor estava protegido, mas de forma inadequada, pois as frestas das madeiras eram largas, então os cabelos da criança atravessaram atingindo o eixo", explicou o comandante Paulo.
O delegado explica que as inspeções navais são constantes. " Quando observamos que a proteção não foi feita de maneira correta, ou apresente alguns riscos, é feita a orientação para a tripulação como proteger corretamente", garantiu. Deve ser avaliado se a cobertura está cobrindo os eixos. Outro cuidado são as frestas que ficam entre as madeiras. O comandante ressalta que não basta apenas proteger deve ser de forma adequada, pois tem o caso da criança de Itaituba. "Se for coberto com madeira, as frestas devem ser as mínimas possíveis", informou.
Capitão Paulo confirma que durante as inspeções ainda são encontradas embarcações com o eixo e partes móveis protegidos inadequadamente. E são orientados como fazer de forma correta. Mas, antes da Marinha orientar o comandante ou tripulação, a embarcação deve se justificar por que não está protegido o eixo do motor e partes móveis. "Enquanto a embarcação não sanar a pendência ela ficará retida", garantiu.
Nas embarcações pela frente da cidade é possível encontrar que há uma preocupação por parte dos comandantes. " Assim que começou a campanha, logo foi realizada a proteção do eixo do motor, toda uma orientação foi dada pela Marinha para que fizéssemos corretamente", afirmou o dono de uma embarcação, Evair Pereira. Que garante ser importante a proteção. E ainda que deve ser feita não apenas o eixo e partes móveis.
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