domingo, 19 de setembro de 2010

Porto da Cargill opera abaixo da capacidade por causa do baixo nível dos rios da Amazônia

A Cargill está tendo dificuldades para escoar grãos em barcaças pela hidrovia que permite o transporte da soja produzida no Centro-Oeste até terminal de exportação, em Santarém (PA). Com isso, a trading está sendo obrigada a remanejar para os portos do Sul parte da soja que seria exportada por Santarém, cujo terminal realiza embarques para o exterior de aproximadamente 1 milhão de toneladas de grãos por ano.

A exportação da soja de Mato Grosso pelo terminal de Santarém tem vantagens logísticas. Além do menor custo de transporte pela hidrovia, a região Norte está mais próxima de destinos europeus.

O Blog do Estado apurou que o trânsito de barcaças ainda não foi suspenso entre Porto Velho e Santarém. O que ocorre desde o inicio do mês de setembro é que a tonelagem foi reduzida, chegando a carga se resumir a menos da metade dos porões das barcaças, por causa do baixo nível do rio Madeira.

O último navio a ser abastecido em Santarém zarpou na semana passada. No dia 27 é esperado outro navio que vai levar soja para o exterior. Na semana passada, o serviço de descarregamento de soja das barcaças foi realizado normalmente, embora com capacidade reduzida.

A Cargill transporta atualmente pelo rio Madeira apenas 20% do total transportado no mesmo período do ano passado. Cerca de 95% do total exportado pela Cargill por Santarém chega ao terminal pela hidrovia. A companhia tem projeto de instalar um novo silo no local, ampliando em 50% a capacidade de armazenagem de grãos do terminal.

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