Sahid Xerfan, atual secretário da Seel (Secretária de Esporte e Lazer), concedeu entrevista ao Bola, em seu gabinete. O secretário respondeu perguntas sobre o seu plano de governo, que teve início do começo do mês. Questões como a situação atual do Mangueirão, o esporte amador e ajuda aos clubes do Parazão foram abordadas por Xerfan. Confira:
Bola - Depois da vistoria realizada na última sexta-feira (7), qual a posição da Seel em relação ao primeiro Re-Pa do ano?
Xerfan - Essa definição está dependendo de uma série de frentes de trabalho. Nós precisamos de um laudo, talvez mais de um, para que a gente possa ter o clássico com a segurança que o torcedor merece. Nós estamos tratando com vidas, então não podemos ter riscos de qualquer natureza. Temos que ter certeza de nossas atitudes. Saindo do aspecto estrutural, têm alguns aspectos, de ordem interna, que dependerão da gestão pública, como pregões e licitações. Mas, acredito que, se o laudo for satisfatório, acredito que conseguiremos fazer as obras mais emergenciais. Só decidiremos com todos esses elementos na mão para tomarmos a decisão final.
Bola - A redução da capacidade seria uma medida paliativa para a realização do Re-Pa?
Xerfan - Os técnicos sinalizaram com esta possibilidade, mas, até o momento, ninguém assinou nada, ninguém assumiu a responsabilidade. O último balanço sinalizava a redução de 10% da capacidade total, o que seria extraordinário para o Mangueirão, considerando a capacidade dos estádios de Remo e Paysandu. No último programa do Bola na Torre, houve uma pesquisa com os torcedores, para saberem se eles preferiam o RE-PA no Mangueirão com restrições ou no Baenão ou Curuzu. A grande maioria optou pela primeira opção, o que me anima para tentar essa liberação do Mangueirão.
Bola - Qual a possibilidade do GP de atletismo ser realizado este ano?
Xerfan - Não está confirmado ainda, mas há um empenho muito grande nesse sentido. Nós precisamos trabalhar o Mangueirão para receber eventos de grande porte, como este. Em paralelo a isso, estamos com um projeto no entorno do Mangueirão, denominado “Praça da Juventude” e que, naturalmente, o estádio fará parte deste projeto. Será revitalizado, sendo vitrine para o esporte não só do Pará, como do Brasil como um todo e até da América Latina, pois seria o único complexo esportivo que estaria centralizado numa só área. Este é um compromisso de campanha do Jatene e nós (Seel), lutaremos forte para que os grandes eventos voltem a acontecer no Pará.
Bola - Em relação ao Parazão, qual a participação da Seel no apoio aos clubes?
Xerfan - Nós temos a vontade de fazer. Primeiro, nós temos que levar em consideração a Funtelpa (Fundação das Telecomunicações do Pará), que será responsável no apoio financeiro aos clubes. Nós ficamos responsáveis pelo transporte das delegações. Em relação aos valores fixados para cada equipe, haverá uma discussão interna, da qual a Seel participará, buscando o apoio aos clubes, buscando formas para ajudá-los.
Bola - Qual sua opinião a respeito da transmissão dos jogos do Campeonato Paraense?
Xerfan - Acredito que a transmissão dos jogos para a cidade onde são realizados tira o público dos estádios. Em nenhuma capital isso é feito. Só acho viável se os times estiverem jogando fora e a transmissão ser feita para as suas determinadas cidades. Jogos transmitidos, só com grandes públicos.
Bola - Qual o projeto da Seel para o esporte amador?
Xerfan - Os projetos do Bolsa Talento e o que auxilia a melhor idade, do governo passado, serão mantidos. Estamos estudando novos projetos, novos sonhos e novas realizações.
Bola - O senhor já foi prefeito de Belém por duas oportunidades. Como o senhor acredita que sua experiência na parte administrativa pode ajudar no seu trabalho na Seel?
Xerfan - A gestão, para mim, não tem segredo, tanto na parte administrativa, tanto na iniciativa privada e na pública. No esporte, tenho que aprender ainda. Isso eu vou conquistar no meu dia a dia. O meu adjunto, Cristian Costian, que é formado na área esportiva, pode me ajudar bastante.
(Diário do Pará)
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