Agência Pará
O Estado do Pará continuará registrando nos próximos três meses uma incidência de chuvas acima da média, concluíram os participantes da 50ª reunião da Rede de Previsão Climática do Estado do Pará (RPCH), formada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Universidade Federal do Pará (UFPA), Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam) e Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Neste último encontro mensal da Rede, que ocorreu na quarta-feira (23), no auditório da Sema, foi definida a previsão climática para o Estado nos próximos 90 dias. "Fevereiro fechou com as regiões do Tapajós, Tocantins e Xingu acima da média", informou o meteorologista da Sema, Paulo Guimarães.
Segundo os especialistas, os oceanos interferem diretamente no clima da Amazônia. De acordo com análise da RPCH sobre o comportamento médio da temperatura dos oceanos, o fenômeno La Niña (resfriamento anormal do oceano Pacífico equatorial) permanecerá, pelos próximos três meses, garantindo aumento em torno de 20 a 30% acima da média de chuvas no Pará.
Estações - O planejamento da Diretoria de Recursos Hídricos da Sema prevê a ação de técnicos para retomar, este ano, a manutenção das estações meteorológicas que estão desativadas, começando pelo município de Barcarena, e prosseguindo em Marabá, Canaã dos Carajás, Redenção e Jacareacanga.
As estações meteorológicas de Porto Trombetas, no município de Oriximiná, de Altamira, Capanema e Tailândia, que estão em pleno funcionamento, receberão manutenção preventiva. "A importância de manter essas estações passa primordialmente pelo monitoramento, principalmente nos períodos de chuva", informou Paulo Guimarães.
A intensidade das chuvas, dos ventos, da umidade e da temperatura é medida pelas estações meteorológicas, um trabalho necessário para alertar a população sobre fenômenos climáticos que podem trazer transtornos a toda a sociedade.
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