sexta-feira, 1 de abril de 2011

Professores municipais não aceitam repor aulas aos sábados


Aritana Aguiar
Free lancer

O coordenador O presidente do Sinprosan (Sindicato dos Profissionais de Santarém), Iracildo Pereira, afirmou a possibilidade de demissão dos professores por justa causa foi o motivo que mais pesou na decisão de retorno Às salas de aula. A greve já havia sido considerada ilegal pela justiça estadual. "Se não fosse isso teríamos continuado", assegurou. 

Segundo Pereira, outros fatores também contribuíram para o encerramento da paralisação. Ele cita o fato de o movimento ter se desgastado em virtude do tempo. "Os professores não estão acostumados com movimentos de longa duração, com isso ficaram cansados", explicou. No começo da greve, havia mais de 800 professores e seu final já estava em 550. "O governo começou a articular, retirou carga horária de professores e passou para outros temporários e efetivos que não estavam na greve", explicou.

O líder dos professores assegura que a determinação judicial da multa de 10 mil reais por dia não foi levada em consideração pela categoria. "Por que ela é negociável", justificou. Ele explica que não é obrigado a pagar o valor todo de uma vez, calculado em 280 mil reais. "A justiça não pode tomar o prédio do sindicato", afirmou.

A comissão de greve reuniu-se para discutir a situação e a decisão foi tomada em assembléia com os professores. "Se a categoria suportasse iria continuar". Então a decisão tomada foi aceitar a proposta do governo.

De acordo com o professor Iracildo, a proposta não era discutir a data-base e sim o ajuste da tabela que não era feita desde 2009, estava com o mesmo valor de 2008. Ficou acordado que seria um ajuste de 10,5% para os professores e 10% para pedagogos e secretários a ser efetivada a partir do mês de maio, pois a categoria queria que fosse em abril. A prefeitura argumentava que se fosse feita em abril estaria infringindo a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como nesse acordo incluiu a data-base e tabela, então os professores não podem mais tentar nenhum tipo de negociação este ano. O professor informa que dos 10,5%, 7% eram referentes ao INPC e apenas 3,5% do reajuste. "Os 7% eram da data-base que nos era garantido", declarou. Explica ainda que a porcentagem real seria de 17% na tabela sem incluir a data-base, que seria discutida entre abril e maio.

O sindicato irá discutir a reformulação da tabela para este ano, irão enviar para a prefeitura e Câmara de Vereadores, para averiguar o que pode ser ajustado, mas a aplicação aprovada somente entra em vigor em 2012.

Quanto à multa, segundo o procurador geral do município, Isaac Lisboa, por ser uma decisão judicial deverá ser cumprida, mas ele explica que isso não impede que a prefeitura faça uma analise de executar ou não a multa. Isso ficará a critério do município que até o momento não tomou nenhuma posição.

Um comentário:

Anônimo disse...

Essa manchete não está correta. Em reunião ocorrida no dia 30/03, os professores decidiram repor as aulas aos, desde que, o governo pagasse o salario integral do mes de março imediatamente, retirar a multa do sindicato e que o calendario de reposição fosse dicutido dentro de cada escola. Assim, os professores não se negaram a repor as aulas aos sabados.