Alailson Muniz
Da Redação
Todos os projetos que serão feitos pela Secretaria de Saúde de Santarém (Semsa) para solicitar recursos junto ao Ministério da Saúde vão levar em consideração uma de população de um milhão e oitocentos mil habitantes. A orientação da Semsa passou a ser exigida aos técnicos depois que se contatou que o Hospital Municipal de Santarém (HMS) funciona como uma unidade regional atendendo a mais de 20 municípios do Oeste paraense.
"A partir de agora essa será a nossa orientação passada aos nossos técnicos. Temos características regionais e atendemos a vários municípios vizinhos. Não queremos deixar de prestar serviços de saúde a eles", explica José Antônio Rocha, secretário de Saúde de Santarém. "É uma responsabilidade não só com Santarém, mas com toda a região. Precisamos cada vez mais da ajuda do governo federal e do governo estadual", acrescentou Rocha.
A Semsa tem a sua disposição 120 médicos distribuídos em todas as suas unidades básicas de saúde. "Mas eles também estão no Hospital Regional, têm seus consultórios e ainda vão para outras cidades atender nos finais de semana", informa o secretário. Ele diz que tem dificuldade em contratar mais médicos, devido à falta de profissional no mercado. "Estou querendo contratar mais dois pediatras por R$ 7.500,00 por mês e não consigo. Até faço um pelo á imprensa para que dê publicidade a essa oferta de emprego", ressalta Rocha.
A Semsa possui ainda sob sua jurisdição 27 postos de saúde. "Estamos construindo ainda no Floresta, no Tiningú, Conquista e também ampliando o da Nova República que será estratégico. Lá, ele funciona 24 horas", diz Rocha, acrescentando que todos os concursados para a Semsa já foram chamados e que houve algumas desistências. "A maioria dos médicos já fazia parte do quadro. Eles apenas saíram da categoria de contratado para concursado, por isso não muda muita coisa", argumenta.
O secretário informa que a prefeita Maria do Carmo já pensa em fazer outro concurso público para médicos. "Esse é o nosso grande problema, é um problema do Brasil todo. Temos a carência desse profissional. É até um apelo que a gente faz".
Os plantões do Pronto Socorro têm dois médicos a disposição atualmente. Lá, deveria ser somente urgência e emergência, mas, segundo o secretário, as pessoas procuraram a unidade para receberem atendimento ambulatorial. "Em muitas das vezes se torna 80% dos atendimentos", justifica.
José Antônio Rocha conta que a verba que mantém o HMS teve um aumento no mês de fevereiro: passou de R$ 1.900.000,00 para R$ 2.380.000,00. "Com esse aumento por parte do Ministério da Saúde deu para melhorar o atendimento. Foi uma grande ajuda", comemora, acrescentando que Santarém já tem necessidade de mais Hospitais Municipais. "Hoje já está em construção uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), ao lado da Creche da Coahb, que deve funcionar plenamente até novembro. Os investimentos são do governo federal, construção pagamentos de funcionários e compra de insumos. É uma grande ajuda pra gente. A gente precisa realmente dessa ajuda", afirma Rocha.
O secretário espera a concretização de um convênio com o governo do estado que vai possibilitar o aumento em R$ 200 mil na verba mensal da unidade de saúde. "Serão utilizados na contração de médicos e compra de insumos. Queremos contratar na área de pediatria. Queremos melhorar o atendimento. Estamos fazendo os projetos que temos de fazer e a prefeita faz a parte dela para conseguirmos recursos", finaliza.
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