Aritana Aguiar e Alaison Muniz
Repórteres
Levantamento feito por nossa reportagem constatou que entre os anos de 2009 e 2010 aumentou o número de mortes em 25% e o número de acidentes em 28% no trânsito de Santarém. Foram 18 mortes em 2009 e 24 mortes em 2010. Já os acidentes saltaram de 463 em 2009 para 594 em 2010: um aumento de 28%. Os dados são do Policiamento de Trânsito de Santarém (PTRAN).
De acordo com a tenente Marnilza, comandante do PTRAN, aproximadamente 80% das pessoas que morreram nos acidentes pilotavam ou eram caronas em motocicletas.
Até o final de março deste ano, sete pessoas já haviam morrido em acidentes de trânsito. O PTRAN ainda não tem os dados do mês de abril. Mas a reportagem encontrou pelo menos quatro mortes neste mês de abril, o que elevaria para 11 o total de óbitos neste início de ano. Mais da metade comparado a 2009 e quase a metade das mortes de 2010.
"Normalmente, os acidentes mais graves sempre são com motos, qualquer acidente por menor que seja na motocicleta ela tem uma proporção maior pela falta de proteção que o condutor tem, fica mais exposto ao acidente e sempre aliada há muita imprudência", explicou a tenente.
Em relação ao número de acidentes, a tenente explica que ainda o número pode ser muito maior. Ela diz que existem casos em que as equipes não conseguem chegar a tempo no local.
Outro dado que preocupa é a comparação no número de acidentes, do mesmo período do ano, de 2010 com 2011. No passado, foram registrados 31 e neste ano já foram 63 acidentes, mais que o dobro. A previsão é de que 2011 seja bastante violento se continuar do jeito que estar.
"Ano passado, foram 31 acidentes registrados, que envolvia 16 carros e 32 motos; março de 2011, 63 acidentes de trânsito, envolvendo 45 carros e 47 motos. A motocicleta fica muito desprotegida, no caso de veículos o carro pode ficar destruído, mas às vezes o condutor sai ileso", declarou a tenente.
Dos acidentes de trânsito registrados, a imprudência e responsável por quase 90%, que envolve avanço de sinal, avanço de preferencial e falta de atenção. A comandante assegura também que mais de 90% das vítimas fatais é pelo mesmo motivo.
Segundo a tenente, quanto maior a frota de veículos da cidade, maior o número de acidentes. "É diferente ter menos densidade de veículos circulando, numa rua em que o fluxo é intenso, por exemplo, todos os anos o local de maior acidente é a Sérgio Henn, por que ela é bem sinalizada, tem ciclovia, mas o fluxo de veículos é muito intenso, quase não se tem opção para ter acesso à Nova República e a grande área", explicou.
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