Aritana Aguiar
Repórter
A padronização dos táxis de Santarém com a inclusão de faixas de identificação do veículo de aluguel tem dividido a categoria. Uma parte não é a favor dessas faixas e sim de uma cor padrão para todos os veículos, enquanto que outra parte concorda com a identificação dos carros apenas por meio das faixas. "Eu sou contra por que vai desvalorizar os nossos carros. Eles já estão com um plano de padronizar a cor. Então acho que isso daí é o suficiente pra identificar o carro de praça e ficou acertado com o secretário (Sandro Lopes) e o presidente do sindicato que ia ser colocado só uma faixa na porta com a ST do carro. Por trás dessa reunião eles já mudaram para fazer essa faixa (atual) sem o conhecimento da gente", declarou o taxista Cleidson Nascimento.
O taxista Océlio Araújo também não concorda com a faixa que foi inserida. Segundo ele, a medida desvaloriza o carro na hora da revenda. Afirma que quando for necessário fazer a retirada da faixa ficará uma marca e ocasiona a desvalorização do veículo. Ele é a favor dos carros possuírem uma só cor e apenas um adesivo identificando a ST do carro.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Taxistas de Santarém, Walter Machado, essa padronização vem sendo cogitada desde 2010. "São medidas da Secretaria de Transporte que ela tomou devido muita cobrança da própria classe que a infiltração de táxi clandestino é muito grande", explicou. Machado disse ainda que, na avaliação da Secretaria, a padronização iria combater as irregularidades. "Como estava se proliferando todas essas irregularidades, essas medidas administrativas foram tomadas. Eu entendi e a própria classe entendeu que isso iria melhorar o serviço do taxista, o dia a dia dele", justificou, acrescentando que reconhece e esperava que parte da categoria não fosse aceitar a medida.
Walter Machado avalia que o taxista tem o direito de escolher o que for melhor para ele. "Se é benéfico para ele só tem a somar, a valorizar a nossa classe, infelizmente tem uma turma que não está entendendo por esse lado, inclusive achando que é o presidente. Isso são medidas administrativas da Secretaria de Transportes que consta no regulamento e que com certeza a maioria está aderindo e a gente tem que respeitar a vontade da maioria".
A responsável pelo Núcleo de Planejamento de Transportes da SMT (Secretaria Municipal de Transportes), Natália Souza, disse que houve acordo entre as partes. Ela avalia que a padronização é um benefício para o taxista. "Por que eu estou olhando o interesse do usuário. Para o usuário só há benefício. Ele vai saber que carro ele está tomando, que número tem, para onde vai, se ele esqueceu alguma coisa tem de quem reclamar. Eu acredito que para o prestador de serviço também é muito importante", destacou.
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