sexta-feira, 23 de março de 2012

Pedida a prisão do prefeito de Prainha

No Amazônia Jornal:
 
Denúncias sobre desvios de recursos e fraudes licitatórias recaem sobre os prefeitos dos municípios paraenses de Prainha e de Santa Luzia do Pará. Sérgio Pingarilho, do PMDB e prefeito de Prainha, teria causado um rombo, só em 2011, de cerca de R$ 900 mil aos cofres públicos com a utilização de notas frias e pagamento de propina ao vereador Osires Queiroz, do mesmo partido, responsável por ‘segurar’ todas as denúncias feitas contra o gestor na câmara municipal. 

O advogado Guilherme de Almeida, responsável junto com dois vereadores de Prainha por protocolar as denúncias contra Pingarilho à Procuradoria Geral de Justiça do Estado, afirma que há fortes indícios de lavagem de dinheiro em meio à gestão do peemedebista. "Esses R$ 900 mil se referem só aos desvios de 2011, mas desde o início do mandato dele, teve muito mais coisa", afirma. "Há notas frias anexadas às prestações de contas para construir pontes em igarapés que nem existem na cidade, como é o caso de uma licitação ganha para construir uma ponte no valor de R$ 37.800 sob o Igarapé do Ipê. E os moradores contam que esse igarapé não existe!", revela.

Almeida anexou ao processo encaminhado à Procuradoria ainda relatos que evidenciam que além de o prefeito licitar obras que não aconteceram, em grande parte das licitações, a vencedora foi a M & M Indústria e Construção Valjac Ltda., por acaso de propriedade de Osires Queiroz, que seria o responsável por impedir que fossem adiante as diversas denúncias feitas à gestão de Pingarilho na Câmara. "Esse vereador, quando eleito, passou a direção da empresa para o nome do irmão, mas cometeu um erro que comprova sua proximidade com a empresa: a sede dela continua sendo a casa de Osires", afirma. 

O documento pede, dentre outras medidas, pela prisão preventiva de Sérgio Pingarilho.- "Há um componente revoltante nessa situação. Há algum tempo, uma professora idosa e doente tentou pedir benefício ao INSS. Recebeu como resposta que a prefeitura, que lhe desconta uma porcentagem relativa à Previdência Social mensalmente no contracheque, simplesmente não recolhe o valor. Ou seja, é a Prefeitura mais uma vez se apropriando do dinheiro da população. No fim das contas, a professora, que tem uma condição financeira insuficiente, saiu sem conseguir o direito pelo qual ela achava que pagava", denuncia o advogado.

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