Do Blog do jornalista Lúcio Flávio Pinto
Quando
foi decidida a licitação para a hidrelétrica de Belo Monte, no rio
Xingu, no Pará, em 2010, o custo da obra estava em 19 bilhões de reais
(agora, quatro anos depois, se aproxima de R$ 30 bilhões). Se o esquema
de propina das empreiteiras nas obras da Petrobrás foi seguido, com
margem de 1% a 3% de pagamento “por fora” para garantir o resultado, a
corrupção devia chegar ao mínimo de R$ 180 milhões.
Diretores
de uma das empreiteiras da usina, a Camargo Corrêa, que fizeram delação
premiada dentro da Operação Lava-Jato, teriam admitido que a empresa se
comprometeu a pagar uns R$ 20 milhões em propina. A quantia devia ser a
mesma das demais integrantes do consórcio construtor na usina de Belo
Monte.
Segundo
o acerto revelado pelos executivos, cada empresa do consórcio teria que
contribuir com a mesma quantia para um fundo, que, assim, somaria R$
200 milhões.
No entanto, foram diferentes as participações das 10 empresas do cartel.
A Andrade Gutierrez é a líder, com 18% do capital. Camargo Corrêa e Odebrecht ficaram com 16%, enquanto coube 11,50% à OAS e Queiroz Galvão. Contern e Galvão compareceram com 10% cada uma, Serveng com 3% e J. Malucelli e Cetecnco, com 2% cada.
A Andrade Gutierrez é a líder, com 18% do capital. Camargo Corrêa e Odebrecht ficaram com 16%, enquanto coube 11,50% à OAS e Queiroz Galvão. Contern e Galvão compareceram com 10% cada uma, Serveng com 3% e J. Malucelli e Cetecnco, com 2% cada.
A
partir desse ponto, a investigação precisa ser aprofundada para
identificar os recebedores da propina. Uma das pistas pode ser a
comissão que se formou no Congresso Nacional para acompanhar as obras.
2 comentários:
Há uns 4 anos atrás fizeram uma matéria sobre a Camargo Correa, em que a policia federal entro na sede da empresa e levou vários documentos no qual comprovavam irregularidade cometidas pela empresa, essa matéria foi destaque no jornal Hoje. Aí eu pensei vou acompanhar no jornal nacional o desfecho desse caso, mas por incrível que pareça não passou nada e depois disso, não vi mais nenhuma nota sobre o assunto em outros jornais. Isso mostra que houve um cala boca, a imprensa do nosso país é assim, são uns maria vai com as outras, se uma tv mostra as outras mostram pra não ficar atrás, mas quando um se cala, os outros se calam também, talvez se nessa época tivessem acompanhado o restante do caso, não teria chegado ao ponto que chegou hoje.
Achei a materia: http://www.agora.uol.com.br/policia/ult10104u540736.shtml
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