Alesandra Branches
Repórter
Assim como o trigo e derivados, o preço da carne dispara. Foram dois aumentos em um mês que arrombaram o bolso do consumidor e elevaram o preço da cesta básica. No Mercadão 2000 e nos supermercados o aumento foi significativo e os consumidores reclamam. Em alguns casos, como do quilo da "agulha", o preço subiu em até 31%.
"Lembro-me que há poucos dias o quilo da carne para cozido não passava de R$ 3,50, agora, você não compra por menos de R$ 4,10. Para os finais de semana, quando comprávamos alcatra, bisteca e filé, para fazer um churrasquinho ou uma comida mais gostosa, a situação piorou. A verdade é que não temos mais opção, apesar da carne está cara, é melhor do que comprar peixe, que está com o preço dobrado", garante a dona de casa Marluce Viana.
O diretor de um frigorífico da cidade garantiu que principal motivo para que o preço da carne esteja em alta é a grande procura de outros estados pelo produto local. "È o Amazonas e o Mato Grosso querendo carne do estado e por isso, nós estamos sentindo falta. É a lei da procura e da oferta. Estamos sentindo os reflexos disso", lembrou Enéas Ribeiro, acrescentando que por enquanto o preço está estável, contudo, ficará oscilando nos próximos anos, uma vez que as grandes pastagens deram lugar as plantações de cana de açúcar, reduzindo a criação de bovinos. "Devemos sofrer com isso por um bom tempo até que tudo se restabeleça", contou. Há um mês, o quilo do peito que era vendido a R$ 3,50, hoje é cobrado a R$ 4,50. A alcatra, antes comercializada a R$ 7,50, é exposta nos açougues a R$ 9,00. Além disso, a bisteca subiu de R$4,50 para R$ 6,50 e o filé de R$ 8,50 para R$ 10,00.
"Uma banda de boi que compramos por dia aumentou quase R$ 30,00. Hoje, para comprarmos e revendermos a carne temos que pagar em torno de R$ 431,00", revelou o Valmires Santos explicando que no geral, o aumento gira em torno de 28,50%.
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