Darte Vasques
Repórter
Os mototaxistas credenciados na Secretaria Municipal de Transporte Público e Trânsito de Santarém (SMT) vivem sob o olhar vigilante dos agentes de trânsito. Recolhem seus impostos cobrados pelo órgão gestor do trânsito no município, taxas, além de manterem um seguro tanto de vida quanto de acidentes pessoais para si, bem como para os passageiros que utilizam o serviço destes que são habilitados para conduzirem à vida de outras pessoas. Bem diferente deles, os clandestinos atuam na cidade sem medo de fiscalização, e audaciosos tomam os pontos de passageiros dos mototaxistas legalizados gerando conflitos que como no mês passado param na delegacia e no Pronto Socorro Municipal.
Mas a SMT, não tem feito a sua parte como deveria. Após um caso recente em que mototaxistas credenciados se digladiaram por uma passageira com os mototaxistas taxados de clandestinos, mais uma vez o titular da secretaria foi à imprensa prometer o que não está cumprindo. Joaquim Aquino, sob a afirmação de que a fiscalização estaria sendo feita, garantiu que o cerco aos clandestinos seria fechado e pediu que a população se conscientizasse e não usasse os mototaxis clandestinos. Contudo não é bem isso que encontramos após uma semana da briga.
O curioso é que diferentemente do que o secretário diz em entrevistas, os agentes de trânsito que deveriam combater o trabalho clandestino, posto que atuam nas ruas da cidade, fingem não ver o serviço irregular se espalhando no município. Exemplo disso são os pontos instalados na Avenida Rui Barbosa. Lá, dezenas deles se escoram nos postes, chamam os passageiros, que por opção atravessam a rua, sobem nas motos e seguem viagem, sem que sejam atrapalhados.
Só no centro da cidade é possível encontrar mais de dez pontos, locais onde estes mototaxistas se aglomeram chegando mesmo até a organizarem-se. Somente na Avenida Rui Barbosa, coração financeiro de Santarém, os pontos de mototaxistas clandestinos e credenciados são separados por menos de duzentos metros. A cada quarteirão tem um ponto tanto dos clandestinos como dos credenciados. Entre as Travessas 15 de Agosto e dos Mártires há dois pontos das classes distintas praticamente um ao lado do outro. Os passageiros escolhem com quem vão. E tudo isso na frente dos agentes de trânsito da SMT, e claro sem interferência.
A estimativa é de que mais de seis mil motociclistas atuam no serviço irregular durante o dia, além daqueles que a fim de ganhar uma grana extra trabalham nos finais de semana e feriado como mototáxis.
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