Do ParáNegócios:
A Jari Celulose, que já pertenceu ao milionário norte-americano Daniel Ludwig e que hoje integra o Grupo Orsa e que tem suas florestas certificadas pelo Conselho de Manejo Florestal (FSC na sigla em inglês), foi multada em R$ 475 mil nesta quarta-feira (20) pelo Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), por manter uma ferrovia operando sem a devida licença ambiental.
Segundo o Ibama, a multa foi aplicada com base no Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008, e na Resolução CONAMA nº 349/2004, que estabelece o licenciamento para empreendimentos ferroviários.
A assessoria da Jari Celulose, que tem sua sede localizada em Monte Dourado, às margens do rio Jari, no estado do Pará, no limite com o Amapá, informou na noite desta quarta-feira que a empresa está estudando a questão, mas garantiu que vai recorrer da aplicação da multa.
Para a Jari, a medida é descabida, pois a ferrovia, de 71 quilômetros, existe há cerca de 40 anos e faz o transporte da madeira do pátio à fábrica, dentro da área da empresa.
O Ibama informou que também foram lavrados três autos de infração e emitidas quatro notificações para empresas localizadas na região, totalizando mais de R$ 500 mil em multas. “As ações fiscalizatórias estão em andamento, com vistorias em empreendimentos e atendimento a denúncias de ilícitos ambientais recebidas no Escritório do Ibama”, diz o órgão.
A Jari ocupa 1.734.606 hectares distribuídos em terras nos Estados do Pará (55%) e do Amapá (45%), cortadas pelo rio Jari, que faz a divisa entre os dois estados. Na região do Jari vivem hoje cerca de 100.000 habitantes, distribuídos pelas cidades de Monte Dourado (Pará), Laranjal do Jari (Amapá), Vitória do Jari (Amapá) e Almeirim (Pará).
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