Parsifal Pontes
O ex-presidente Lula disparou telefonemas para setores econômicos do governo, como se ainda fora presidente, cobrando reação aos dados da ONU, publicados na semana passada, sobre o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil (IDH).
A ONU aponta que o Brasil, sendo a 7.ª economia do mundo, amarga a 84.ª colocação em matéria de qualidade de vida: com um IDH-D de 0,519, em uma escala que vai de 0 a 1,0, dentre os 134 países pesquisados, o Brasil está atrás da Armênia, Gabão e Mongólia, só para citar países que nós jamais imaginávamos estar no rastro.
A constatação desnuda que os discursos do petismo nestes quase nove anos de governo, ao contrário da propaganda, não arredaram o país de uma desconcertante realidade: o Brasil, na última década, continuou concentrando renda.
A decantada entrada de milhões de brasileiros no mercado de consumo, que o PT garante ser fruto de suas políticas sociais, reflete apenas o efeito marginal da própria política de crescimento econômico que precisa formar massa consumidora inercial que a alimente.
Nada diferente do que profetizava Delfim Neto no seu cínico dogma culinário, de que era preciso deixar o bolo crescer para depois dividir: a social-democracia de FHC e o petismo de Lula nada mais fizeram do que colocar fermento na massa.
Grande Delfim Neto: de curinga ministerial dos militares, a musa inspiradora do petismo que nos rege.
Um comentário:
Lula o melhor presidente do Brasil.
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