Do Espaço Aberto:
O frisson praticamente paralisou o Detran, ontem, depois da repercussão - até nacional, vale ressaltar - do caso em que um veículo do órgão (vejam acima) foi descoberto se abrigando na garagem de um dos cômodos de motel no bairro da Sacramenta, em plena luz do dia.
As especulações proliferam mais do que chuchu na serra (ou na cerca, como muitos preferem).
Até agora, as suspeitas se direcionam a um funcionário que, diz-se, já teria na ponta da língua a desculpa para o ocorrido.
Quando for chamado a se manifestar na sindicância administrativa instaurada para apurar o caso, o indigitado deverá dizer, vejam só, que não era ele, mas seu filho quem dirigia o carro.
Em outras e mais aportuguesadas palavras, dirá que o filho é que foi fazer saliência no motel, para tanto usando um bem público, ou seja, o veículo do Detran.
Hehehe.
Grande desculpa!
Grande saída!
Grande justificativa!
Se essa lorota for mesmo contada, aí mesmo é que a imoralidade será mais imoral do que a saliência que rolou sob os lençóis do motel.
Sim, porque se fosse o próprio funcionário quem estivesse ao volante do carro em local estranho às suas funções, como é um motel, e em pleno horário de expediente, a tipificação da transgressão seria uma.
Mas se ele resolveu emprestar o carro ao filho, que então resolveu ir para o motel, a situação deverá se agravar - não para o filho saliente, é claro, mas para o pai servidor, que se houve com absoluta desídia, impertinência e inobservância de mínimas cautelas em relação a um bem público que estava temporariamente sob a sua guarda.
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