domingo, 12 de setembro de 2010

O Remo e a tragédia anunciada

Gerson Nogueira:

Aconteceu o que a torcida mais temia. Com um empate dramático de 1 a 1 frente ao Vila Aurora (MT), o Remo está eliminado do Brasileiro da Série D. Vélber marcou o gol remista aos 12 minutos do segundo tempo, mas Daniel empatou aos 24 minutos. No primeiro tempo, jogando de maneira errada, o Remo foi dominado pelo visitante, que saía da defesa ao ataque com tranquilidade e perdeu pelo menos duas chances de abrir o marcador. As jogadas azulinas se limitavam a tentativas de lançamento para Landu, que, fora de forma, não conseguia levar vantagem sobre a marcação. Frontini, isolado, brigava com os zagueiros para tentar acertar os poucos cruzamentos que chegavam até a área.

Voluntarioso, organizado em suas linhas, o Vila Aurora jogava sem pressa, saindo só nos momentos certos e destruindo as tentativas ofensivas do Remo. Do outro lado, a equipe mandante não conseguia criar bons lances no meio-campo, apesar dos esforços de Vélber e Gian. Raul, Dinei e Marcão levavam constante perigo e superavam sem maior esforço a dupla de zaga Pedro Paulo-Ênio. Giba, que surpreendeu a todos escalando Landu logo de início, não mudou o time para a etapa final.

No reinício da partida, o Vila Aurora manteve o domínio territorial, valorizando a posse da bola. Mas, com o incentivo da torcida, o Remo se empolgou e conseguiu articular um ensaio de sufoco. Até que, aos 12 minutos, Landu cruzou bola alta na área e Vélber cabeceou para as redes. Parecia que a classificação iria se garantir naquele lance. O problema é que, aos poucos, o time foi voltando ao compasso anterior, deixando-se envolver pelo bom passe do adversário. Giba substituiu Lima, contundido, por San. Landu também se bateu e Héliton entrou em seu lugar. Aos 24 minutos, em falha do zagueiro Pedro Paulo, o Vila silenciou o Mangueirão: a bola chegou livre para Daniel, que chutou para marcar o gol de empate.

A partir desse momento, o Remo entrou em desespero. Chutões para a área do Vila, que se fechou no campo de defesa. Surgiram ainda duas boas chances para o desempate. A primeira, em belíssima jogada de Héliton, que driblou dois zagueiros e cruzou nos pés de Zé Carlos, que havia substituído Gian. O atacante errou a finalização e o chute saiu longe. Em seguida, em cruzamento alto na área, zagueiro do Vila botou a mão na bola, mas o árbitro não assinalou a infração.

No final, para desespero da grande torcida presente, o Remo saiu cabisbaixo, amargando nova eliminação em torneio nacional. E o Vila Aurora, através de seu presidente, ainda mandou um último recado aos dirigentes azulinos: o time matogrossense tem um belo estádio e não tem planos de vendê-lo para pagar dívidas.

Manchetes de O Estado do Tapajós

O jornal O Estado do Tapajós está desde ontem nas bancas com as seguintes manchetes:

Corte de luz em atraso vai demorar três meses

Cor-de-Rosa e Tucuxi encenam lenda do boto pela décima-segunda vez

Prévia do Censo aponta Santarém com 300 mil habitantes

Juvenil diz porque quer ser governador

Poluição de igarapé no Mojuí causa mortandade de peixes

Lula, o bom ditador

Jovens começam a fumar aos 12 anos

sábado, 11 de setembro de 2010

Águia vence e São Raimundo é rebaixado para a D

O Águia de Marabá venceu o São Raimundo por 2 a 0, gols do lateral-direito Vander e do atacante Torrô. A partida aconteceu no estádio Barbalhão e, com esse resultado, o Azulão continua com chances de classificação à próxima fase do Campeonato Brasileiro da Série C, enquanto que o Pantera foi rebaixado para a Série D de 2011, competição onde foi campeão, em 2009.

Jogo complicado, corrido. Era necessária muita entrega pelo resultado positivo. Na base da vontade, quase o São Raimundo abre o placar. O lateral-direito Ceará tentou encobrir o goleiro Alan, mas a bola tocou na trave. Até que o Águia reagiu, precisando da vitória para seguir em frente na Série C. Vander chutou a primeira vez. Labilá defendeu. No segundo lance, o lateral do Azulão não titubeou: 1 a 0 para os marabaenses.

Percebendo os erros da sua equipe, o técnico Sebastião Rocha sacou Michel para a entrada de mais um atacante, Branco. Michel saiu irritado, tirou o uniforme no meio do campo e recebeu cartão amarelo. E se a fase não é boa... Labilá, um dos grandes goleiros do futebol paraense, falhou feio, e os aguianos quase marcam o segundo no embate. Contudo, o alvinegro conseguiu segurar o placar, visando uma melhora no segundo tempo.

Para a segunda etapa, o São Raimundo voltou com mais vontade. Logo no início, Branco chutou na trave. Em seguida, o mesmo Branco testou, mas Alan colocou para escanteio. Era pressão do clube santareno. Porém, não adianta pressionar sem marcar o gol. Em lance pela esquerda, o atacante Torrô deixou Labilá pelo caminho e fez o segundo gol do Águia no jogo. Era o suficiente para rebaixar o clube de Santarém para a Série D de 2011. (Gustavo Pêna, Diário Online)

São Raimundo: Labilá; Ceará, Pedro Paulo, Preto Marabá e Sousa; Beto, Marcelo Pitbull. Paulo de Tárcio (Daniel) e Michel (Branco); Paulo Rangel e Gabriel (Max Jari)

Técnico: Sebastião Rocha

Águia: Alan; Sinésio, Bernardo, Ari e Vander (Marcondes); Darlan, Jaime, Analdo e Diego Biro; Felipe Mamão (Samuel Lopes) e Torrô (Tiago Marabá)

Técnico: João Galvão

Cartão amarelo: Michel e Beto (SR); Darlan e Diego Biro (AGU)

Situações dos clubes no Campeonato Brasileiro da Série C:

Paysandu: Ainda líder do Grupo A da competição, com 14 pontos, já está classificado.

Próxima partida: Paysandu x Rio Branco (AC). Próximo domingo (19), às 16h, no estádio Arena da Floresta

Águia de Marabá: Segundo colocado, com 11 pontos. Se empatar com o Fortaleza, na próxima rodada, está classificado.

Próxima partida: Águia x Fortaleza. Próximo domingo (19), às 16h, no estádio Zinho Oliveira

Fortaleza (CE): Terceiro colocado, com 11 pontos, precisa vencer o Águia para seguir no mata-mata.

Rio Branco (AC): Quarto colocado, com sete pontos. Se manteve na Série C de 2011.

São Raimundo: Quinto colocado, com três pontos. Rebaixado para a Série D de 2011.(Diário On Line)

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Bancários denunciam assédio moral em Santarém

ARITANA AGUIAR
FREE LANCER


Os assédios morais e a doença LER/DORT (Lesões por esforços repetitivos e /distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) têm provocado abalos físicos e psicológicos aos bancários, além dos constantes medos de assalto. É o caso do gerente geral do Banpará, Ademar Costa, feito refém no assalto ao banco há mais de um mês. Ele pediu licença para recuperar do trauma. Segundo a secretária administrativa do Sindicato dos Bancários, Elizamar Costa, em Santarém mais de 30 bancários denunciaram assédio moral e mais de 15 pessoas se queixam de maus tratos.
Este ano no Banco do Brasil nenhuma pessoa pediu licença por algum problema de saúde ou assédio, o mesmo ocorreu na Caixa Econômica Federal, mas no Banpará houve o caso do gerente geral com licença de dois meses. "Entrei em contato com ele esta semana e afirmou que ainda não se recuperou do trauma", afirmou o coordenador de atendimento do Banpará, Benedito Brasil. Um bancário do posto do Banpará localizado no DETRAN pediu licença por LER/DORT, mas já retornou ao trabalho.
Segundo Elizamar, houve caso de uma bancária que havia desenvolvido síndrome do pânico por que o gerente lhe enviava e-mails ameaçando demissão caso não fizesse o trabalho corretamente. "Esta moça chegou ir ao hospital devido à pressão que sofria", informou. Nessas situações, de acordo com Elizamar. quando é comprovado o assédio no caso moral, o responsável é chamado para uma conversa amigável para que o fato não se repita.
Nos últimos oito meses três bancários foram hospitalizados por problemas de saúde, justamente devido ao estresse do trabalho.
Em outro caso relatado por Elizamar, 15 bancários do mesmo banco, foram ao Sindicato fazer reclamações porque um dos gerentes da agência estaria fazendo pressão. "O que acontece é que o gerente entende que o bancário não é capaz de fazer o serviço e por isso a pessoa fica com muito medo, mas acontece é que as pessoas se sentem incapacitadas de fazer o serviço, devido a essa pressão", explicou a secretária do Sindicato dos Bancários. Elizamar garante que o maior número de reclamações provém de bancos privados.
Em outras situações o que tem ocorrido é a troca de função. "Este gerente chegou a colocar a caixa para ser supervisora e a outra para ser caixa, alegando questões de incapacidade. Isso destrói a pessoa, além disso, essas trocas não podem acontecer assim", afirmou Elizamar.
Em Santarém o Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá irá realizar entre os dias 9 e 11 de setembro um evento jurídico justamente para discutir melhores condições de trabalho, segurança bancária e campanha salarial 2010/2011.

O que enfrentam os bancários no dia-a-dia

A LER/DORT são doenças graves originadas do uso excessivo ou inadequado do sistema que agrupa nervos, músculos e tendões. Podem se tornar graves se não tiverem tratamento adequado, podendo levar a incapacidade temporária ou permanente para o trabalho. Elas atingem as mãos, os punhos, o antebraço, o cotovelo, os ombros, a coluna vertebral, etc. Ela veio ser mais freqüente na década de 90 com o advento da informática.
Assédio moral pode ser definido como manipulação perversa e terrorismo psicológico. No caso exposição do empregado, quer por ato comissivo ou omissivo do empregador, a situações repetitivas, prolongadas, humilhantes e constrangedoras que atentem contra a sua integridade. Tarefas que inferiorizam, abusos de poder, estimulo a rivalidade, desqualificação do trabalho entre outros.
As conseqüências que o assédio moral pode trazer ao trabalhador é comprometimento com a saúde mental e física da vitima, depressão e stress, irritação, falta de confiança, alterações do sono, perda de memória, morte social, isolamento, mudança de personalidade, sentimento de culpa, aumento ou perda de peso, consumo de bebidas alcoólicas ou drogas, crises de choro ou raiva.

Pontuando- José Olivar


Me disseram - não sei se é verdade, se for, o caso é sério - que pessoas não sócias do Iate Clube de Santarém continuam descendo lanchas pela rampa do clube sem pagar nada, pois a diretoria ainda não implementou a cobrança. Será? Enquanto isso, os sócios arcam com os altos custos mensais dos seus boxes.


O problema da falta de banheiro público em Alter do Chão, se agrava mais ainda, no Çairé, onde as necessidades fisiológicas são feitas no meio da rua em plena luz do dia, sem respeitar quem quer que seja. O pior é que o único banheiro público continua derramando dejetos da fossa nas águas do rio. Isso é crime contra o meio ambiente e a saúde pública. E a SEMA, o que faz?

Inicia-se a festa do Çairé, sem os bois de Parintins, como prometido, e, quem sabe, sem as tribos de Juruti. Ou seja, só promessas e mais promessas!

Você sabia que o nosso Presidente Lula assinou decreto autorizando a doação de 25 milhões de reais para os cofres daqueles guerrilheiros da faixa de Gaza, lá onde fica a Palestina, mais precisamente o grupo Ramas? Pois é verdade, enquanto os brasileiros morrem de fome - aqui em Santarém é só ir ao buraco do lixão do Santo André e confirmar o estado de miserabilidade das pessoas - o Lula afaga os estrangeiros. Pode?

A CELPA perdeu o direito de embutir na fatura de energia, as contribuições do PIS e COFINS. É que o Desembargador Leonam Cruz concedeu liminar, em Agravo de Instrumento, dando efeito suspensivo à cobrança. Assim agiu, conforme precedente do Superior Tribunal de Justiça. Se perdurar o julgado, no futuro, a CELPA vai ter que devolver tudo o que cobrou dos consumidores.

Quiseram suspender a livre manifestação de pensamento, no período eleitoral, quando introduziram na Lei das Eleições dispositivos que proibiam humoristas fazer humor usando candidatos, partidos ou coligações envolvidas nas eleições. Porém, o STF, por liminar do Ministro Carlos Ayres Britto, suspendeu os efeitos das normas impugnadas, que foi posteriormente aceita pelo plenário daquele Tribunal.

Falar ao celular dirigindo vai dar margem a aplicação de uma multa gravíssima - até agora média - isto se for aprovado projeto de lei neste sentido. O Tribunal de Justiça do Pará fez publicar na Internet que cumpriu a meta estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça, para o desempenho processual em 2010. O TJ do Pará, segundo a notícia na Internet, está em primeiro lugar, dentre todos os Estados brasileiros. Que bom! Porém a nossa justiça ainda caminha a passos lentos, principalmente para os jurisdicionados de Santarém.

Os dirigentes desportivos desonestos (no Brasil tem muitos), deverão sofrer reclusão de 1 a 5 anos e multa, uma vez comprovado que se apropriaram ou aplicaram em proveito próprio os recursos dos clubes ou das entidades que dirigem. Projeto de lei neste sentido está em apreciação no Congresso, e se passar, muita gente vai ficar argolada com medo das punições pelas falcatruas praticadas.

A Agência Brasil informa que os investimentos do Governo Federal bateram recorde no mês de julho, apesar das restrições da legislação eleitoral, no que concerne aos repasses para os Estados e Municípios. Como o Executivo Federal não respeita à legislação e nada lhe acontece, mais uma vez a lei foi burlada.

A OAB Nacional, leia-se Ophir Cavalcante Júnior, é radicalmente contra a proposta do Ministro Cezar Peluso, que encaminhou à Presidência da República projeto de mudança da Constituição restringindo aos juizes de carreira as vagas abertas para ministros do Superior Tribunal de Justiça. Ou seja, se aprovada a emenda, advogado que assumiu o desembargo pelo quinto Constitucional da OAB, não pode concorrer ao cargo de ministro do STJ. É o caso do Des. Milton Nobre e de tantos outros.

A Secretária Estadual de Meio Ambiente, sofrerá procedimento judicial por desobediência à uma decisão proferida pelo titular da 2ª Vara da Fazenda Pública de Belém, que classificou a atitude da mesma como uma: "vergonha, barbárie, indecência, imoralidade...". É o que se vê atualmente, decisão judicial não respeitada por certos servidores.

Ocorreu uma desinteligência entre uma delegada de Polícia Federal em Santarém e um advogado que fora até lá prestar esclarecimentos numa apuração de eventual crime eleitoral. O fato chegou a um patamar que obrigou ao advogado solicitar a presença do Presidente da OAB de Santarém para fazer valer as prerrogativas do profissional. Com a intervenção da Ordem a situação serenou.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente está exigindo e condicionando a expedição de alvará de funcionamento nos lava jatos da cidade, à realização de uma vistoria, onerando cada vez mais os pequenos comerciantes que vivem destes serviços. O engraçado é que a SEMA faz vista grossa para as lavagens de veículos que proliferam no cais da cidade às margens do Tapajós. Lá o movimento é grande e não pagam nada!

A Ata da assembleia geral do Iate Clube, do dia 23 de junho de 2010 está gerando polêmica junto à alguns associados. É que depois de encerrada foi acrescentado um parágrafo que transfere para a diretoria poderes que são exclusivos da assembleia geral. Pois fixar preços de serviços e mensalidades, é de competência da assembleia e jamais isto pode ser transferido para a diretoria, sob pena de se inverter competência e gerar nulidade dos atos de gestão. Esses associados vão se reunir para as providências cabíveis.

O Tribunal Superior Eleitoral, mais uma vez julgou reafirmando o seu entendimento de que ficha suja não pode e não deve ser candidato. Tanto que depois de indeferir a candidatura de Joaquim Roriz ao Governo do Distrito Federal, também acatou recurso do Ministério Público Eleitoral, e indeferiu a candidatura de Jader Barbalho ao Senado. O próximo que pode sofrer as mesmas punições e o deputado Paulo Rocha, do PT. Embora as decisões sejam recorríveis ao STF, o fato tem repercussão nacional e todo mundo sabe o porquê.

O falecimento de Ademir Pereira, do Grupo Guarany, que eu o conhecia há muitos anos, deixa um vácuo no sistema de comunicação da empresa da família, a quem mando meus sentimentos.

Minha esposa Olívia, minha filha Danielle e minha secretária Elza, me fizeram uma surpresa no dia 02 deste, quando completei 60 anos, convidando parentes e os amigos mais íntimos para um café da manhã no meu escritório. A surpresa foi grande quando, ao adentrar na sala, fui recebido com os "parabéns pra você". Obrigado a todos!

Não posso me conformar com o desprezo das prestadoras de serviços públicos concedidos, tais como: telefonia, água e energia. Nenhuma presta um serviço a contento, porém a REDE CELPA está precisando urgentemente de uma ação conjunta da sociedade organizada de Santarém, aí incluindo: OAB, Ministério Público, Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Associações de classes, etc., tamanho o descaso para conosco, consumidores. É um sobe e desce de energia, apagões em pontos diversos, prejudicando a todos. Não é mais possível suportar tanto desleixo.

Agradeço as congratulações da OAB, Subseção de Santarém, pela passagem do meu aniversário, transmitidas por um belo cartão de votos de saúde, sucesso, amor e paz, e assinado pelo Dr. José Ricardo Geller e Elizabete Uchoa, respectivamente Presidente da OAB e Delegada da CAAP.

O meu amigo e colega advogado, Dr. Edilbal Cabral é só satisfação pelo sucesso da filha, também advogada, num grande escritório de advocacia em Fortaleza, cujo titular é meu conterrâneo. Ao colega Cabral, que é leitor assíduo da coluna, o meu abraço.

O rombo das fraudes eletrônicas em bancos

José Olivar

Os bancos brasileiros vêm sofrendo prejuízos na ordem de 900 milhões em razão das fraudes eletrônicas perpetradas por quem não trabalha, mas quer levar uma vida de magnata. Os golpes são aplicados em pessoas físicas com valores desviados, via Internet, de quem mantém conta bancária e a maneja por meio de computador. O fato é que a rede bancária cria problemas para ressarcir os prejuízos, obrigando, muitas vezes, aos correntistas a recorrerem à Justiça. Por essa e por outras, é que prefiro fazer as operações bancárias pessoalmente, ainda não me habituei a certos procedimentos.

O travamento do turismo paraense

Adenauer Góes
adenauergoes@gmail.com

O que é que está acontecendo com o turismo paraense? Esta pergunta é feita dentro e fora de nosso estado por todos aqueles que acompanham e vivenciam o desenrolar dos acontecimentos.
No quesito investimento em infra-estrutura, a última obra de impacto no setor foi a construção do Hangar ainda no Governo Simão Jatene, de lá para cá, nada, mas absolutamente nada de novo foi acrescentado, muito pelo contrário, os nossos pontos de referência, quer em Belém, quer nos municípios do interior que fazem parte dos roteiros turísticos, sofrem com a falta de manutenção e os sinais de deteriorização são visíveis.

Quando o item é divulgação e promoção do Pará a nível nacional e internacional, a coisa está pra lá de feia,todo o trabalho que foi feito e que precisava de investimento constante,evoluindo gradativamente ,etapa por etapa, desde a manutenção e incremento da presença do estado nos eventos e feiras, assim como material e ferramentas de apresentação do Pará, em vez de ter evolução positiva, como já foi dito, foi minguando gradativamente, fazendo com que hoje o Pará esteja praticamente ausente dos momentos mais importantes, com uma participação pífia e colocando institucionalmente os técnicos da PARATUR em situação difícil pois os recursos diminuíram de tal forma que nos poucos eventos que nosso estado tem participado, os técnicos são mandados de ônibus para São Paulo.

A Feira Internacional de Turismo-FITA,criada em 2002 pela PARATUR, aconteceu no Hangar em sua 5ª versão agora em meados de agosto passado e infelizmente para nosso turismo foi um verdadeiro fracasso,pois não teve a participação do empresariado local e nem das entidades representativas de classe, o empresariado representativo dos compradores e vendedores de produtos turísticos que veio de fora foi mínimo.Simplesmente,não é possível avançar na atividade turística ou em qualquer outra atividade produtiva sem empresário.Tudo indica pelas conversas e informações repassadas que não há segurança entre o empresariado e o Governo atual.
O tratamento dado á PARATUR e seus funcionários tem sido sofrível, acabaram com o planejamento, o orçamento da instituição vem minguando ano após ano, depois de ter trilhado sentido inverso há quatro anos atrás quando vinha num crescente constante. Até o slogan: Pará: "A Obra Prima da Amazônia", que foi criado pela consultoria espanhola que desenvolveu o Plano de Desenvolvimento Turístico para nosso estado e que deveria ser suprapartidário, foi juntamente com o próprio Plano deixado de lado.

A relação institucional com o Ministério do Turismo esfriou e enfraqueceu-se, o mesmo aconteceu com os municípios no sentido do entrosamento e de ações articuladas que pudessem fortalecer o entendimento do negócio turístico.

O turismo, assim como qualquer atividade produtiva necessita de empresários em sintonia com o Governo. Aos Governos nos seus diversos níveis cabe ser motivador e indutor do desenvolvimento, passando segurança para que os empresários possam investir.Cada qual tem seu papel,sendo imperioso haver sintonia e objetivos comuns.Ao Governo que será eleito na próxima eleição cabe assumir compromisso e cumprir metas que possam recolocar o turismo no rumo certo,destravando a inércia que se estabeleceu sobre a atividade em nosso estado.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

'O presidente Lula passou dos limites''

ENTREVISTA[br]José Álvaro Moisés, cientista político e professor da USP

Roldão Arruda - O Estado de S.Paulo

O cientista político José Álvaro Moisés afirma que a atitude do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso das violações de sigilos fiscais é preocupante para a democracia no Brasil - porque estaria sinalizando que a vontade dos detentores do poder fica acima do primado da lei. Para o especialista, professor da Universidade de São Paulo e diretor científico do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas daquela instituição, Lula confunde o papel de primeiro mandatário brasileiro com o de militante petista, responsável pela indicação de Dilma Rousseff como candidata à sua sucessão. Essa confusão de papéis pode dificultar as investigações sobre o episódio.

Como o senhor viu a presença do presidente Lula no horário de propaganda eleitoral gratuita, assumindo o papel de escudo da candidata Dilma Rousseff frente às suspeitas de envolvimento do PT no caso de quebra de dados fiscais de pessoas ligadas ao PSDB? Isso não pode causar a impressão de que o primeiro mandatário do País tomou partido frente a uma questão que vai além do debate eleitoral?

Sim. O presidente não tem tido cuidado, no processo eleitoral, de fazer distinção entre os papéis de presidente da República e de militante do PT responsável pela indicação de Dilma Rousseff como candidata à sua sucessão. Ele tem direito, como cidadão, de participar da campanha, desde que separe os papéis. Deveríamos lembrar o que ocorreu em 2002, durante a campanha que resultou na primeira eleição de Lula. O presidente Fernando Cardoso, apesar de apoiar o então candidato José Serra, teve cuidado para separar completamente as coisas, não misturar as funções. O presidente Lula não está tendo esse cuidado agora, assim como não teve em outros momentos de seu mandato.

Quais momentos?

Podemos citar as vezes nas quais desqualificou procedimentos do governo denunciados pelo Tribunal de Contas da União. Mais recentemente, ao ser multado pelo Tribunal Eleitoral, por fazer confusão entre sua função presidencial e a de dirigente do PT, ele praticamente menosprezou as decisões. Essas não são boas indicações. Elas sinalizam que, uma vez no cargo de primeiro mandatário, você pode misturar e confundir as coisas, pode ficar acima do que a lei estabelece.

O senhor não estaria sendo exagerado nas suas preocupações? Afinal, acaba de citar dois tribunais que estão funcionando e exercendo suas funções, numa comprovação de que a democracia anda normalmente.

Não há exagero. É extremamente importante discutir essas questões porque, embora estejamos numa democracia, o império da lei ainda não está inteiramente estabelecido no Brasil. Essas sinalizações dadas pelo presidente mostram que ele não leva em conta a ideia de que a democracia é o governo da lei e não o governo dos homens. Esse é um momento muito importante, porque envolve uma coisa crucial para a democracia, que é a violação do direito individual. Não estamos falando apenas dos dados da filha do Serra e do vice-presidente do PSDB, mas sim de milhares de pessoas. Fiquei indignado quando abri o jornal e li as declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, autojustificando, em certo sentido, as violações, porque já teriam ocorrido outras vezes.

O que se deveria esperar de alguém no cargo dele?

Eu esperaria que o ministro e o presidente da República viessem a público para dizer que medidas estariam sendo tomadas em face dos crimes de violações que afetam direitos individuais garantidos na Constituição - a questão do direito individual é uma cláusula pétrea da Constituição do Brasil. Mas ninguém disse uma palavra sobre isso. Pelo contrário, houve um esforço para blindar a candidata e dizer que, uma vez que já ocorreu em outras ocasiões, é normal que continue ocorrendo. Eu digo: não é normal. Especialmente no governo de um partido que pretendia reorganizar a política no Brasil, com uma resposta republicana. Penso que nesse caso o presidente Lula passou dos limites.

Se o presidente misturou de fato os papéis, isso poderia de alguma maneira atrapalhar as investigações sobre o caso? Os funcionários encarregados desse trabalho poderiam ver na mensagem do primeiro mandatário um sinal de que não é lá tão importante assim aprofundar a investigação?

Eu me preocupo com isso. No Brasil, a função de presidente, pelo prestígio, pelos recursos que tem e até mesmo pelo ritual do exercício do cargo, tem uma influência muito forte na sociedade. Aqui se valoriza muito a pessoa do primeiro mandatário, com uma certa ideia de que ele pode tudo. Vivemos em um meio com um forte elemento de personalização das relações de poder. Daí a necessidade de um cuidado ainda maior para se separar as funções. Se o Lula não faz isso, ele sinaliza que o desmando cometido por alguém, não importa o tamanho desse desmando, pode ser autorizado por alguém lá de cima, alguém que chega e diz que o caso não tem importância nenhuma. É uma situação que me faz lembrar aquilo que dizem que Getúlio Vargas dizia, quando governava: para os inimigos a lei e para os nossos, o tratamento que quisermos dar. Isso diminui e desqualifica a democracia.

Voltamos à questão anterior, sobre o funcionamento das instituições democráticas.

Não acho que está em questão se temos democracia. Nós temos. O que está em questão é a qualidade da democracia. Não se pode ter durante dois ou três anos um presidente que faz campanha eleitoral ao mesmo tempo que exerce as funções de primeiro mandatário. Essa separação é muito importante.

Na sua opinião, o comportamento do presidente, que desfruta de alta popularidade, é negativo para a democracia?

O presidente Lula, particularmente neste último período de governo, tem dado uma contribuição negativa para a cultura política do País. Tudo bem ele dizer que é um brasileirinho igual a você que chegou lá. Os elementos virtuosos da personalidade política não devem ser confundidos, porém, com a função presidencial. Ela tem regras, dispositivos constitucionais, que devem ser aceitos por quem quer que exerça o cargo.

Ele não deveria ter feito declarações sobre o caso na TV?

O presidente Lula poderia ter ido à TV dar explicações, dizer que a sua candidata não tem nada a ver com isso e que a oposição está explorando o fato. Mas também deveria ter admitido os erros e dizer que medidas está tomando para corrigi-los. O escárnio dele é de tal ordem que dias atrás perguntou: "Onde está esse tal de sigilo". Esse comportamento é agravado pela popularidade dele, pela sua enorme responsabilidade. Sigilo é muito relevante para a democracia. Sinaliza o primado da lei, que não deve ser usada arbitrariamente de acordo com a vontade do presidente.

O senhor não estaria sendo muito purista em relação à chamada liturgia do cargo?

Não. A liturgia do cargo ajuda a sinalizar o respeito que a autoridade tem para quem é devido o respeito - os eleitores. Isso é central para as democracias. Eu duvido que em qualquer outro país de democracia consolidada, ao ocorrer um fato dessa natureza, o ministro venha a público para se justificar e não para se desculpar. Qualquer um de nós pode cometer erros e se desculpar. Eu posso citar um autor errado numa das minhas aulas e, mais tarde, ao descobrir o erro, me desculpar perante os alunos e corrigir o erro. Uma autoridade também pode vir a público reconhecer um erro e anunciar que está tomando medidas para corrigi-lo, medidas baseada na lei, nas regras do funcionalismo. Mas o que vimos foi o ministro vir a público para se justificar, com aquele argumento, que insisto, é inaceitável. Mais uma vez querem passar a ideia de que não há nada a ser feito.

Por que mais uma vez?

Isso já aconteceu no episódio do mensalão, quando passaram a mão na cabeça dos envolvidos no caso.


QUEM É

Mestre em política e governo pela University of Essex e doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP), é professor titular do Departamento de Ciência Política e diretor científico do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da USP. Sua experiência tem ênfase em teoria democrática e comportamento político. Entre os livros de análise política que escreveu está Os brasileiros e a democracia

Ritual do Çairé começou em Alter do Chão

Grupo Espanta Cão


Mastro dos juízes


Çairapora Dona Justa

Procissão do mastro das juízas

Fotos:Ronaldo Ferreira/Ascom/PMS

O que Juvenil pretende fazer pelo Pará como governador

DOMINGOS JUVENIL
Candidato do PMDB ao governo do Estado

Nosso Estado está abandonado. Dói, mas é verdade. Em áreas fundamentais da administração pública, como segurança, saúde e educação, temos alguns dos piores índices nacionais. Somos o 4º estado mais violento do país. Ocupamos sempre os últimos lugares no ranking de repasse de verbas do SUS e no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB. Tudo isso se reflete negativamente na vida das pessoas. E o povo do Pará não merece isso. Diante desse quadro, fica evidente que nossa candidatura representa a via de mudança. Não apenas porque nunca tivemos oportunidade de governar (como alguns de nossos adversários já tiveram), mas porque temos propostas concretas e realistas para mudar a cara do Pará.

Não resta dúvida de que segurança e saúde serão prioridades e vão merecer ações imediatas. Mas sou convicto de que a verdadeira mudança começa pela educação. Eu conheço o poder transformador da educação porque estudei e dei aula em escola pública. Nasci pobre, filho de pescador na Vigia, e foi com muita determinação que venci na vida, formando-me engenheiro civil e professor. Se hoje sou presidente da Assembléia Legislativa do Estado, depois de ter sido vereador, prefeito, deputado estadual e deputado federal, devo isso também ao ensino público de qualidade que recebi. E desejo, como governante, oferecer essa mesma oportunidade para todos os paraenses, para que logo, logo, num futuro bem próximo, os mais humildes possam disputar uma vaga nas universidades em igualdade de condições com aqueles que podem pagar seus estudos. Isso é um direito básico de qualquer cidadão.

Nós vamos enfrentar esse desafio com o programa Professor Nota 10, que vai promover ações de qualificação continuada e melhorias salariais acordadas em negociação permanente com a categoria. Isso vai melhorar a qualidade do ensino e evitar as greves que comprometem o período letivo dos alunos. Vamos implementar, ainda, o programa Sucesso Escolar, com a finalidade de oferecer reforço aos alunos e reduzir os índices de repetência e evasão escolar. Outras ações na área da educação serão as reforma e ampliação da rede física, com a construção de novas salas de aula proporcionais ao fluxo de matrículas em cada região do estado.

Na área da segurança, vamos trazer para Belém as UPPs, Unidades de Polícia Pacificadora, que estão dando certo pelas mãos do governo do PMDB no Rio de Janeiro. As UPPs são unidades com cerca de 100 policiais cada uma, instaladas após a ocupação de áreas de risco. Além das patrulhas na área, essas unidades servem de base a ações sociais, como serviço de creches, além de atividades esportivas e culturais. Antes mesmo de implantá-las, vamos fazer concurso público e aumentar o efetivo, que está defasado há anos. Também vamos contratar delegados para trabalhar em cerca de 40 municípios desassistidos e construir delegacias em nove municípios que não as possuem.

Temos propostas concretas também para área da saúde. Vamos implantar os AMEs, Atendimentos Médicos Especializados, que vão oferecer consultas com médicos especialistas e realizar diversos tipos de exames, ajudando a desafogar os hospitais. E com o programa Mães do Pará, vamos oferecer exames pré-natais, parto, enxoval e outras ações para mães e bebês durante e depois da gravidez. E com o programa Saúde em Casa, vamos entregar medicamentos em domicílio a pacientes que fazem tratamento continuado.

O desemprego e a falta de qualificação serão enfrentados juntos, com o programa Pará Profissional. Através dele, vamos implantar escolas profissionalizantes em todas as regiões do Pará, para oferecer cursos nas áreas de mineração, siderurgia, turismo e informática, entre outras, e capacitar nossa população para ocupar postos de trabalho, enfrentando a concorrência com trabalhadores de outros estados.

Mas existe uma questão crucial que, em certa medida, é a causa de muitos dos nossos problemas. Estou falando do abandono em que se encontram os municípios, sem recursos para investir. Um dos nossos princípios será governar para todo o Pará, distribuindo melhor o dinheiro público, e fazendo com que cada município defina suas prioridades. Vamos criar Gerências Regionais que, em parceria com prefeitos, vereadores e a comunidade, vão definir onde e como os recursos serão investidos. Também haverá um programa de financiamento para investir nas vocações naturais de cada região, qualificando mão-de-obra e incentivando a produção.

Em síntese, vamos dar um choque de gestão no Pará, mas isso não significa promover demissões ou cortar salários. Ao contrário, significa que está na hora de administrar a máquina pública com responsabilidade, cortando gastos supérfluos para poder aplicar os recursos em obras e ações que representem, de fato, melhorias para a população. Precisamos também redescobrir aquele orgulho em sermos paraenses, que já cultivamos melhor um dia. E construir um Pará melhor para todos.(Texto escrito para o Blog Espaço Aberto)

Temos sim, um ditador

Comentário de Chiara Costa sobre o artigo de Lúcio Flávio Pinto "Lula, o bom ditador":

Parabéns pela capacidade de explanação suscinta, profunda e realista.
Acho a última oposição de efeito ao Lula foi a de Regina Duarte quando disse que tinha medo do que estava por vir. A atriz quase adoeceu, tantas foram as críticas. Daí nasceu o jargão emocionante: "a esperança venceu o medo" quando o Lula enfim, chegou ao Poder.
A oposição não pode afrontar o Lula devido ao bem estar que a população de modo geral sente ao comprar um celular caro, moto, etc... para pagar de 20, 30 vezes e que corresponde sempre muito mais do que se ganha.
É um tiro no pé de qualquer político tirar este doce da boca do cidadão brasileiro sob a explicação de que comer doce não é nutritivo, engorda e dá caries.
Ocorre que de fato, o medo voltou, ou (para os que já previam) se confirmou. Temos sim um ditador.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Sondagem dá ranking dos candidatos a deputado estadual mais lembrados em Santarém

Sondagem encomendada por partido político( não é pesquisa eleitoral pois não tem rigor estatístico e nem foi registrada no TRE), este mês em Santarém, revela algumas surpresas na campanha de deputado estadual.

Alexandre Von (PSDB) está bem posicionado e lidera a preferência ao lado de Antônio Rocha(PMDB). Em terceiro desponta Nélio Aguiar(PMN), seguido de Márcio Pinto(PSOL).

Reginaldo Campos(PSB) aparece à frente de Bruno Pará(PDT), que já esteve bem melhor posicionado em sondagem do mês de agosto.

Marcela Tolentino(PDT) disputa o fona com Junior Ferrari(PTB), Zé Maria(PT), Gabriel Guerreiro(PV) e Jr. Hage(PR).

Bastidores da campanha eleitoral no Oeste do Pará

Apesar da visível campanha milionária, onde despontam adesivos à larga em carrões, placas afixadas no alto de residências de barões e hasteamento de bandeira em casa de pobre, na cidade e no interior, o deputado estadual Carlos Martins, candidato a deputado federal pelo PT, declarou à justiça eleitoral que gastou até o momento apenas 55 mil reais. Já o deputado federal Lira Maia, que disputa a reeleição, faz campanha bem modesta mas já declarou ao TRE gastos de 135 mil reais.

****

Em Monte Alegre, é tenso o clima entre os cabos eleitorais dos dois principais candidatos a deputado estadual. Altair Coutinho(DEM) é a novidade da eleição e usa como mote o fato de ter nascido e se criado naquela cidade. Já Josefina do Carmo(PMDB) não nasceu em Monte Alegre, embora se apresente como esposa do prefeito Jardel Vasconcelos. Os cabos eleitorais vão de casa em casa informar que Altair é montealegrense nato e Josefina é uma forasteira.

****
O 'muro' em que se equilibra o candidato à releição pelo PV, deputado Gabriel Guerreiro, em Oriximiná, é muito largo. O líder do governo na AL faz dobradinha com três federais de partidos distintos, com direito a comitê conjunto: Nilson Pinto(PSDB), Lira Maia(DEM) e Zé Carlos(PV).

***

Quem adivinhar de que lado está o prefeito de Óbidos Jaime Santos(PTB) nesta campanha eleitoral ganha um quilo de linguiça caseira ou um tambaqui do lago do repórter Ronaldo Brasiliense. Veja só a salada: Jaime diz que apóia Ana Júlia ao governo, Nilson Pinto(PSDB) para deputado federal e Edilson Moura(PT) para deputado estadual. Mas alguns secretários municipais, inclusive a esposa do prefeito, apóiam Lira Maia(DEM) para deputado federal e Alexandre Von(PSDB) para deputado estadual. Sem contar que Claudio Puty, candidato à Câmara Fedeal pelo PT, recebe o apoio do vice-prefeito, que é do PT.

***

Em Alenquer a campanha entra em ebulição. O prefeito João Piloto assumiu a campanha de Jatene(PSDB) ao governo a pedido de Lira Maia(DEM). Cláudio Puty(PT) e Pedro Aquino(PT), que fazem dobradinha para federal e estadual, respectivamente, cooptaram quase todos os cabos eleitorais de Carlos Martins(PT). Miriquinho Batista também entrou na horta petista ximanga e conta com o apoio dos pescadores locais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Venha para Alter do Chão neste Çairé





Fotos: Rejane Jimenez

Quem pinta em Alter do Chão nesta época do ano



Lula, o bom ditador

Lúcio Flávio Pinto:

Lula merece fazer Dilma Roussef sua sucessora. O brasileiro está satisfeito com o seu governo. Mas o resultado que se anunciará será bom para o país? É o Brasil verdadeiro que sairá ganhando desta eleição? Ou o futuro é ameaçador?

Da presunção à convicção do absoluto: é este o passo da democracia ao fascismo. É o passo em que o Brasil está. A direção foi dada por Luiz Inácio Lula da Silva. Como todos sabem, Lula pouco ou quase nada lê. Seu aprendizado sempre foi na prática, empírico e pragmático. Mas foi um aprendizado profundo. Sobreviveu à condição de imigrante nordestino em São Paulo, ao peleguismo sindical, à corrupção política, à tutela intelectual, aos adversários e aos inimigos

Inteligente, perspicaz, audacioso e pertinaz, aprendeu o máximo que sua tão vasta experiência lhe possibilitou. É o mais preparado dos políticos brasileiros de todos os tempos, o único que fez a escola da vida para a carreira política. Durante duas décadas não teve mandato (renunciou ao que conquistou, de deputado federal; na sua versão, por não conseguir conviver com os 300 picaretas do parlamento; na verdade, por não conseguir dividir o poder), não precisou garantir a própria sobrevivência e da família, foi tendo cada vez mais tudo “do bom e do melhor”. Circulou pelo Brasil inteiro e pelo mundo.

Pôde se dedicar integralmente a cinco campanhas eleitorais para presidente da república. Perdeu três (sua sorte é tão imensa que perdeu as três primeiras: não saberia o que fazer então com os mandatos em disputa) e ganhou duas, ambas na hora certa. Nenhum político brasileiro tem cartel semelhante – nem provavelmente terá. A estrela de Lula é de primeira grandeza. Combinada com seus instintos, sua inteligência e sua identificação com o povo, resultou numa biografia realmente notável.

Contradição ambulante, conforme a auto-definição, é um ser que se modifica e se adapta ao ambiente quando o cenário ainda está em mutação, graças à sua incrível capacidade de antever o momento imediatamente seguinte ao vigente, Lula é aquilo que, abusando do jargão, se passou a chamar de “força da natureza”. É uma esplêndida culminação de instintos vitais. Mas sem a menor condição de autoconhecimento, de reflexão e de análise. Uma vocação inocente de ditador, com a melhor das aparências, sem consciência de culpa.

A expressão “nunca antes” é contumaz no seu discurso porque ele só consegue reconstituir os fatos dos quais participou, a história que vivenciou – e sempre através da sua ótica, impermeável à interferência externa, sobretudo à crítica. Tudo mais que exigir esforço cognitivo, pesquisa documental ou checagem factual escapa aos seus domínios. Ele se considera marco demarcatório da história do Brasil porque tem a si como eixo de tudo, o que não é de espantar nem pode legitimar críticas: é só isso o que Luiz Inácio Lula da Silva vê.

A dificuldade para criticá-lo com honestidade, sem preconceitos, está na circunstância de que nunca mesmo nenhum político foi tão popular quanto ele – nem tão poderoso. A oposição foi varrida do mundo real no Brasil. Não agora, de súbito, embora só agora tenha chegado ao fundo do poço, numa extinção melancólica e vil. Ela começou a desaparecer quando se deixou alcançar pela osmose. Todos viraram Lulas, imitações dele, suas sombras, suas marionetes.

O Brasil sofre os efeitos de um antiintelectualismo sem igual, sutil e corrosivo, imperceptível e devastador. Se o símbolo dos instintos vitais deu certo como nunca antes, por que pensar? Por que contestar? Por que contrapor? Por que, até mesmo, dialogar? É aderir e copiar.

Ali estava a fórmula do sucesso, simples e ao alcance de todos, já que permitiu ao apedeuta se tornar ídolo internacional, subir além do alcance de estadistas de várias partes do mundo, que lhe estenderam enormes tapetes vermelhos, fazer e acontecer – e, ao fim e ao cabo, como gostam de dizer os portugueses, símbolos do que é básico e elementar, tudo resultar em mais dividendos para o mago das circunstâncias.

O povo está feliz e votaria de novo em Lula se a constituição admitisse três eleições seguidas para presidente da república. Se Dilma passou dos 50%, tendo começado quase no nada (o “nonada” de Guimarães Rosa), Lula passaria dos 80%. Colocaria no chinelo o Jânio Quadros de exatamente meio século atrás, na eleição dos 5.6 milhões de votos de 1960 contra 3,8 milhões do marechal Lott.

O “poste eleitoral” de 2009 se tornou sucesso retumbante em 2010. Mas não só por causa do carisma e da popularidade de Lula. Também pelo uso mais abusivo da máquina pública de que se tem notícia em 80 anos de eleição no Brasil, a partir da revolução de 1930. Lula transformou as leis em potocas, ampliando para a cena nacional a chacota paroquial do caudilho paraense Magalhães Barata. Zombou das normas e dos seus aplicadores. Pisou sobre os papéis sagrados que rasgou. Fez de si um absoluto. O passado evaporou, como se fora antediluviano. Dele, todos perderam a memória, num Alzheimer coletivo, com dezenas de milhões de enfermos.

Não, Lula não é o pai da pátria (logo, Dilma não lhe pode ser a mãe putativa). Antes dele, centenas de cidadãos conceberam, colocaram em prática e administraram um plano de combate à inflação (e, a rigor, de criação da nova moeda brasileira, feita para durar) do qual só se tem algo comparável naquele que Hjalmar Schacht pôs em prática na Alemanha depois da Primeira Guerra Mundial e faria o país renascer (infelizmente, para resultar em Adolf Hitler). Uma façanha que honra a cultura brasileira no mundo.

Ninguém que tenha nascido depois do Plano Real pode ter idéia do que era a deterioração dos valores econômicos no Brasil, a crueldade da anarquia inflacionária, sobretudo para os que vivem da renda (ou da venda da força) do seu trabalho. Acostumados a uma moeda forte (embora cambialmente enviesada), são levados a crer (ou mesmo partem da premissa) que sempre foi assim, que a estabilidade atual não deve ser creditada a ninguém nem é penhor de alguém. No entanto, ela tem uma origem datada e nomes que a personificam. Foi o grande legado de Fernando Henrique Cardoso.

Lula e o PT, que equiparavam o Plano Real ao Plano Collor e ao Cruzado de Sarney como manobras oportunistas e eleitoreiras, que não foram capazes de ver com isenção a criatura e segui-la com acuidade, hoje se beneficiam dessa grande aventura intelectual, que mobilizou talentos de várias pessoas excepcionais e o discernimento do seu comandante, quando ministro da fazenda de Itamar Franco e, depois, como presidente. Se tivesse chegado ao poder em 1989 ou em 1994, Lula e o PT não conseguiriam dar ao Brasil a moeda que hoje ele tem e a estabilidade de que usufrui.

É claro que os tucanos do príncipe dos sociólogos acumularam a partir daí desastres e vilanias, das privatizações (umas que não deviam ter sido feitas, outras que jamais podiam ser feitas pelos valores praticados) à imoralidade da reeleição, passando por uma visão elitista e predadora da administração pública, e uma incapacidade congênita de porosidade social. Os tucanos criaram as políticas compensatórias, mas não as abriram aos deserdados. Apenas as toleraram porque a primeira dama, a maior de todas, Ruth Cardoso, as patrocinou.

O grande lance de Lula foi exatamente dar densidade às criações sociais que os tucanos lançaram como decoração, como aplique nas suas fantasias empavonadas. Cinquenta milhões de brasileiros são clientes desse benefício, que, como o próprio nome diz, é compensatório, remediador, paliativo. Não projeta essas pessoas, não lhes dá condições para o futuro, não as tornam espinhas dorsais do progresso brasileiro. A lamentável situação da educação, da saúde e da segurança é uma advertência de que não se trata, ao contrário do que diz o catecismo, de desenvolvimento sustentável.

Os brasileiros estão felizes, compram como nunca, constroem como nunca, andam sobre quatro (ou duas) rodas como nunca, têm imóveis como nunca. Papai Lula abriu-lhes o cofre, mas abriu-lhes uma estreita passagem apenas de um lado do erário. Do outro lado, há larga avenida para banqueiros e empresários, para investidores da bolsa, para tomadores dos papéis oficiais, que lucram – como nunca, nem sob FHC, seu par – em bilhões e bilhões de reais, para companheiros e aderentes, para a “nova classe” trabalhadora, reprodução da “velha classe” elitista e não sua contrafação, como devia – e se dizia – ser.

Tudo isso não à base de poupança real, dinheiro ou ativos em geral acumulados para permitir investimentos, mas de crédito, de endividamento, como – de fato – nunca antes. Um terço do PIB é crédito, aos juros mais altos da face da terra, tão altos que podem ser reduzidos sem perder sua excepcionalidade. Há muito mais atividade econômica e enriquecimento, que permitem o reinvestimento. Mas em grande parte esse dinheiro consolida o modelo exportador de bens primários, dentre os quais recursos não renováveis, que se vão de vez, ao invés de servir ao enriquecimento interno, à consolidação da nação.

Sem o enorme incremento da exportação o Brasil não teria suportado tão bem a crise financeira internacional de 2008, condição que faltou durante as duas grandes crises externas ocorridas na gestão FHC. O problema (seriíssimo) é que dependemos de uns poucos produtos primários (minério de ferro, soja, carne) e de uma quantidade ainda menor de parceiros, com destaque inquietante para a China, da qual nos tornamos quase um apêndice.

O Brasil imediatista e superficial de hoje é o reflexo coerente do líder que o comanda e ao qual o país dá sua aprovação, nesse coro do consentimento incluídos os oportunistas da oposição. Eles traíram a função histórica que lhes cabe, de remar contra a corrente, de não se deixar seduzir pela aprovação fácil, pela fórmula do sucesso fornecida pelos marqueteiros, os bruxos da nossa época.

Em plena campanha eleitoral, vemos o Grande Irmão censurando os críticos, tirando a tomada dos insubmissos, armando golpes que, descobertos, se tornam infantilidades inimputáveis porque a oposição também perdeu a noção de tempo e espaço, o senso do distinto e do diverso, lançando-se desavergonhadamente para debaixo do guarda-chuva do Big Brother.

Pela primeira vez, não há contracanto eleitoral. Cresce de volume um uníssono que violenta a inteligência nacional, a capacidade que um país tem de reconhecer a si, de ver a realidade, ao invés de ser conduzido pela manipulação política e publicitária. Este Brasil unidimensional e unilinear é uma aberração, uma ficção, um factóide. Mas como as lideranças renunciaram ao seu papel profético ou se tornaram tão medíocres que perderam qualquer conteúdo, cristalizou-se o dominó de Fernando Pessoa: “quando quis tirar a máscara,/ estava pregada na cara”.

Homem de São Paulo (apesar das origens geográficas nordestinas), como FHC (só circunstancialmente carioca), Lula é o outro lado da mesma moeda. Não é igual, mas é o mesmo. Enquanto influencia e faz amigos, com sua verve e graça, os de sempre mandam na economia, seguindo esquema em vigor há duas décadas. Enquanto São Paulo é a cidade com mais helicópteros em trânsito por seu espaço aéreo, as favelas do Rio de Janeiro são teatro de operações bélicas da bandidagem, com e sem uniforme. O Brasil afluente convive com o Brasil doente.

Lula merece ganhar esta eleição. Mas não ganhar como parece que vai ganhar de fato, tornando secundário ou irrelevante quem ganhará de direito. Mesmo porque, no íntimo, só com seus botões, qualquer ser pensante hesitará ao tentar responder a um mistério criado e prolongado pelos marqueteiros e seus esteticistas, cirurgiões e feiticeiros outros: que Dilma é essa?

Num passado longínquo, um quadro da ditadura militar perguntou a nós todos: mas que país é este? Foi uma época de milagre, como agora, até maior (dois dígitos de crescimento anual do PIB), bem parecido com o de JK antes (portanto, o “nunca” não se aplica a esse passado). A pergunta tem que ser refeita, hoje. Mas talvez já não se consiga uma resposta. O absoluto é uma abstração, embora malsã. Sua maior malignidade está em se infiltrar sem ser percebido. E, mesmo sendo impossível, passar a ser aceito como normal. Como agora.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bombeiros liberam arquibancas e camarotes do Çairé


A quatro dias do início da festa do Çairé em Alter do Chão, a estrutura de camarotes e arquibancadas montadas no Lago dos Botos, foi aprovada esta tarde, em vistoria realizada pelo Major Cláudio e pelo suboficial Nobre, do Corpo de Bombeiros de Santarém. A vistoria foi acompanhada por Sandro Lopes, representante do governo municipal e integrane da comissão organizadora da festa.
(F0t0: Rozinaldo Garcia)

domingo, 5 de setembro de 2010

Luz do Çairé acesa no alto da serra piroca, em Alter do Chão

Já está acesa a luz que representa o fogo do Çairé, no cume da serra piroca, ponto mais alto de Alter do Chão.

A festividade religiosa do Çairé começa dia 9 com a procissão dos mastros. Haverá novenas à noite até domingo. Na segunda acontece a derrubada dos mastros e a varrição.

O festival dos botos Cor de Rosa e Tucuxi será disputado apenas no sábado à noite. Na sexta haverá apresentação de danças folclóricas.

Papão classificado; São Raimundo quase rebaixado

O Paysandu sofreu mais do que esperava, mas venceu o rival São Raimundo, por 1 a 0, no Estádio da Curuzu, em Belém. A vitória garantiu o Papão na segunda fase do Campeonato Brasileiro da Série C e empurrou o Pantera para a lanterna do grupo e em direção ao rebaixamento, uma vez que o Rio Branco venceu o Águia por 2x1 e agora soma 6 pontos, contra apenas 3 do time santareno.

O Paysandu soma 14 pontos, na liderança isolada do Grupo A, quatro pontos na frente do Fortaleza. O Águia, com oito pontos, dificilmente vai brigar pela segunda vaga com o time cearense, já que se enfrentam pela última rodada.

Rio Branco vence Águia

O Águia de Marabá não conseguiu um bom resultado na noite deste domingo (5), pelo Campeonato Brasileiro da Série C. O Azulão perdeu para o Rio Branco (AC) por 2 a 1, dentro do estádio Arena da Floresta, e continua na terceira colocação do torneio com oito pontos conquistados. A partir de agora, o Azulão terá que vencer e ficar atento nos resultados do Fortaleza (CE), seu adversário direto por uma vaga no Grupo A, já que o Paysandu venceu o São Raimundo por 1 a 0 e está classificado. Além de complicar a sua vida, os marabaenses também colocaram o Pantera santareno como último colocado da chave, com perigo de rebaixamento. (Gustavo Pêna, Diário Online)

Regulamento
Na primeira fase da Série C, os 20 clubes estão divididos em quatro grupos de cinco. Os times se enfrentam em turno e returno dentro da chave, classificando-se os dois primeiros de cada grupo. O último de cada chave é rebaixado para a Série D.

Confira os jogos de domingo da 8.ª rodada da Série C:

Domingo
Juventude-RS 2 x 1 Chapecoense-SC
CRB-AL 0 x 0 Alecrim-RN
Criciúma-SC 1 x 0 Caxias-RS
ABC-RN 0 x 0 Campinense-PB
Paysandu-PA 1 x 0 São Raimundo-PA

Rio Branco-AC 2 x 1 Águia-PA

(Fonte: Futebol Interior)

Um gol de Bruno Rangel, aos 29 minutos do primeiro tempo, garantiu a vitória magra ao Paissandu sobre o São Raimundo, na tarde deste domingo na Curuzu. Sem jogar bem, apresentando-se de forma confusa na maior parte do jogo, o Paissandu conseguiu um triunfo importante, que o classifica antecipadamente para a próxima fase do Brasileiro da Série C. Além do gol, que nasceu de um cruzamento alto para a área, o Paissandu criou duas outras boas chances na primeira etapa, com o próprio Tiago e com Bruno Rangel. Aos 44, Michel finalizou boa jogada para as redes de Fávaro, mas arbitragem marca impedimento. Lance confuso e rápido, de difícil interpretação.

Na etapa final, mais tranquilo em campo, o Paissandu entrou a toda força e quase marcou logo aos 4 minutos. Sandro deu belo passe, mas Tiago Potiguar mandou na trave. Depois desse bom início, o time alviceleste começou a dar sinais do velho apagão. Charles fez mudanças – Alexandre Carioca em lugar de Marquinhos -, mas o meio-campo abria brechas. O São Raimundo partiu para o ataque e quase empatou, aos 32 minutos, em cobrança de falta de Daniel, que substituiu Michel. Logo em seguida, Labilá defende cabeçada perigosa de Bruno Rangel. No final, Zé Augusto (que substituiu Bruno Rangel) recebe passe de Fernandão e desperdiça boa oportunidade para ampliar. (Fotos: TARSO SARRAF/Bola)

(Blog do Gerson Nogueira)

sábado, 4 de setembro de 2010

Aviso aos leitores de O Estado do Tapajós

A edição deste final de semana de O Estado do Tapajós, excepcionalmente, circulará segunda-feira, 6 de setembro.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Carta contesta reportagem sobre índios do Trombetas

Etnozoneamento

Como admiradora de seu trabalho e como profissional que sou me sinto na obrigação de responder, mesmo que não publicamente, as questões que você coloca na reportagem intitulada “Em nome dos índios, o mapeamento do vale do Rio Trombetas” (04/07/2010), pois sou antropóloga, funcionária pública da Secretaria de Meio Ambiente do Pará, não filiada e nem simpatizante de partido político algum e coordenadora do projeto piloto “Conservação da Biodiversidade em Terras Indígenas do Pará”, projeto que executa em convênio técnico financeiro com a Associação Kanindé a ação de “Etnozoneamento de Terras Indigenas da Calha Norte do Estado do Pará”.

A despeito do título anunciado por você como quinhentista do subprojeto houve algum equivoco de alguém - não eu- que não colocou as aspas em seu devido lugar no conteúdo do título. O título correto do subprojeto é Trabalhos de “Etnozoneamento da porção paraense das Terras Indígenas Trombetas, Mapuera, Nhamundá Mapuera e áreas ocupadas por povos indígenas na Floresta Estadual do Trombetas”. Tivemos obrigatoriamente de pontuar as áreas que iríamos trabalhar e como na Floresta Estadual do Trombetas (Flota- Trombetas) há vários indígenas de várias etnias habitando-a tínhamos que definir a área de execução do projeto ainda em seu título para não gerar confusões.

Associação Kanindé, uma organização nacional do terceiro setor, sediada em Rondônia, possui várias premiações em metodologias participativas inovadoras, inclusive a metodologia que possibilita os trabalhos de etnozoneamento de terras indígenas, realiza já há algum tempo ações junto aos povos e terras indígenas da Calha Norte. Esta Associação juntamente com a Funai, Associação dos Povos Indígenas do Mapuera (Apim) e Equipe de Conservação da Amazônia realizaram no ano passado um trabalho de etnomapeamento das Terras e áreas indígenas em questão. O Etnomapeamento é uma das premissas necessárias para realização do etnozoneamento.

A Sema realizou a celebração de um convênio de cooperação técnica entre a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé e seus parceiros (FUNAI, APIM e ACT), depois de realizar várias consultas aos povos indígenas, vários seminários e oficinas de trabalho em Belém, mas especificamento no auditório do Museu Paraense Emílio Goeldi (foram todas divulgadas) com atores organizacionais diversos (governamentais e não governamentais), onde existiu a formação de plenária pública e aberta a todos para definir as parcerias que iríamos realizar para execução do subprojeto. Ainda existiu a contrapartida dada por esta associação e seus parceiros de montantes de recursos no total de R$ 359 mil reais, ainda com a vantagem de que os dados do trabalho de etnomapeamento (trabalho custoso) seriam cedidos para viabilizar o etnozoneamento, ou seja, a parceria montada não haverá de gastar mais tempo e recursos nos trabalhos de Etnomapeamento.

A Sema desta forma repassou um montante de 500 mil reais, como contraparte para realização do subprojeto e se aliou a estas organizações por saber de seus idoneidades e suas capacidades profissionais, pois já executaram com sucesso e premiação o mesmo trabalho em várias terras indígenas do país. A equipe técnica subcontratada e que executará os trabalhos vai ser recrutada no nosso Estado mesmo e contará com apoio da pequena equipe técnica do projeto Conbio-indigena .

As equipe técnicas da Sema, formadas por funcionários do quadro fixo deste órgão de governo, acompanharão o trabalho e serão capacitadas na metodologia para tentarem replicá-la brevemente em outras Terras indígenas do Pará. Conforme plano de trabalho apresentado pela Associação Kanindé e seus parceiros e discutido com a Sema, o cronograma de realização do subprojeto é de um ano a contar da data de assinatura do convênio, com a possibilidade de pedido de prorrogação da data dos produtos deste trabalho, no entanto sem a possibilidade de repasses de mais recursos para finalizar os trabalhos.

Os repasses dos recursos vão ser realizados em parcelas e vão estar condicionados a apresentação e aprovação dos produtos do etnozoneamento e prestação de contas. Depois da execução do projeto de etnozoneamento estaremos implantando projetos de manejo de recursos naturais das aldeias indígenas, a partir das indicações dos estudos do diagnóstico etnoambiental que é uma das etapas metodológicas do etnozoneamento.

Infelizmente no Pará não temos a tradição de executar trabalhos desta natureza junto aos povos indígenas do Estado. Nem mesmo o curso de antropologia da universidade não forma profissionais para atuarem aplicadamente junto a povos indígenas e pelo que podemos observar nas diversas oficinas, seminários que organizamos antes de chegar a celebração de um convênio com um organização do terceiros setor de outro estado, não há organização nativa que trabalhe com metodologias aplicadas e participativas aqui no Pará.

A área total do subprojeto a ser trabalhada é 5.020.418 hectares de terras indígenas que já estão regulamentadas e parte das áreas indígenas da Flota Trombetas que compreende 3.172.978 de hectares, no final são mais de 4 milhões talvez sejam mesmo seis milhões, no final do trabalho saberemos ao certo. Não sabemos ao certo quantos hectares da Flota Trombetas são habitados pelos índios Kaxuyana e Tunayanas, no entanto o trabalho de etnozoneamento vai auxiliar na mensuração das áreas indígenas que hoje estão sobrepostas a Flota. Eu informo também que o processo de demarcação das Terras Indígena dos Kaxuyanas já está em finalização, no entanto o trabalho de etnomapemaneto e etnozoneamento podem auxília-los neste processo, bem como auxiliar na resolução dos conflitos que normalmente ocorrem na região entre indígenas e quilombolas.

Para finalizar minha comunicação é que felizmente os órgãos públicos de governo vêm sendo ocupados por pessoas que não tem interesse político partidário como meta para execução de seus trabalhos e que por alguma razão ainda acreditam que podem fazer alguma coisa para modificar os quadros da realidade, apesar de todas as adversidades. Tentaremos através de um comitê de acompanhamento de monitoramente constante deste projeto, fazer com que ele realmente beneficie os povos indígenas nos seus processos de desenvolvimento.

Também temos sérios problemas com o setor de comunicação dos órgãos de governo que veiculam noticias que não são condizentes com os trabalhos que executamos. Alias são raros os casos de jornalista que dominam algum tipo de temática para repassar as noticias para a população em geral e fatos como este de informações mal repassadas sempre deixam- nos vulneráveis a críticas.

Claudia Kahwage Coordenação Técnica Projeto CONBIO- indígena – Secretaria de Estado de Meio Ambiente

O desafio da globalização para o açaí dos paraenses

Lúcio Flávio Pinto:

Antigo versinho, de largo uso local, revela um dos principais atrativos do Estado: “Quem vem ao Pará, parou; tomou açaí, ficou”. Mas não eram muitas as pessoas que vinham ao Pará. E nem todas elas apreciavam o açaí, que continuou a ser um patrimônio exclusivo dos paraenses e, em menor grau, de outros Estados da Amazônia.

Em 2000 a situação começou a mudar, rápida e intensivamente. Disparado o maior produtor nacional, o Pará extraiu naquele ano 380 toneladas, quase exclusivamente para o consumo interno. No ano passado, a produção alcançou quase 10 mil toneladas – e se tornou insuficiente para suportar a demanda. Boa parte dela foi para outros Estados e alguns países.

Na onda da alimentação natural, da busca pela juventude prolongada e pela saúde total, o açaí entrou de vez na dieta de naturalistas, macrobióticos, atletas e integrantes da terceira idade. É oferecido em quase todos os Estados brasileiros e foi aceito pelos Estados Unidos e a Austrália, que importam quantidades crescentes de açaí. É a fruta nativa de maior presença fora da Amazônia, um raro caso de sucesso de um produto tipicamente local. Sua cultura deverá continuar a se expandir exponencialmente pelos próximos anos. É uma oportunidade rara – embora delicada e cheia de desafios – para a economia estadual e mesmo regional.

Embora os paraenses apostassem nos encantos do suco extraído da vistosa palmeira, jamais podiam supor que ela conquistaria milhões de admiradores espalhados além das suas divisas, de uma forma que horroriza o consumidor tradicional. O belenense padrão toma, praticamente todos os dias, um prato do “vinho” de açaí puro e grosso.

Extraídos da copa da palmeira, que pode chegar a 30 metros de altura, por uma pessoa hábil em subir pelo tronco fino e liso, os frutos são colocados numa máquina (inventada em Belém mesmo) que faz descaroçamento e amassa a polpa em água, deixando passar um líquido com um tom tão carregado de roxo que chega a parecer negro luzidio.

A denominação popular de vinho, dada a essa calda encorpada, se revelou sábia à medida que as pesquisas sobre o açaí se aprofundavam. Quem o experimenta tem dificuldade de definir o paladar. No passado, sem informações sobre o valor nutritivo e medicinal do fruto, quem experimentava costumava reagir com desagrado porque o gosto era terroso, de palha.

Um novo teste, porém, abriu uma nova porta à percepção. Um pesquisador não iniciado no ritual do açaí disse que seu paladar é uma mistura de chocolate e de vinho tinto. Mais informado tecnicamente, seu juízo deve ter sido influenciado pelas qualidades químicas do produto, que o tornaram um sucesso de público nos mais diferentes auditórios.

O poder antioxidante do açaí é 33 vezes maior do que o da uva na eliminação do colesterol e dos radicais livres, superando nessa medida os atributos do vinho. É ainda cinco vezes maior do que a do Gingko Biloba, produto fitoterapêutico utilizado no mundo inteiro.

Seu suco tem um valor energético duas vezes superior ao do leite. Tem grande quantidade de ferro e de fibras, que favorece o trânsito intestinal. Com significativo teor de proteínas, cálcio e potássio, é considerado uma das mais nutritivas frutas da Amazônia, perdendo apenas para a castanha-do-pará.

Todas essas qualidades ampliaram o leque de usos dados ao açaí quando ele transpôs os limites do Pará, onde apenas o vinho era tomado, com acompanhamento de farinha, açúcar, uma ou outra fruta, peixe, camarão e carne seca. Hoje, o açaí se apresenta com xarope de guaraná, mamão, morango, maracujá, cereais, suco de laranja, leite. As combinações e variações avançam ao sabor da imaginação de quem espera potencializar ainda mais os benefícios do fruto.

Uma consequência dessa voragem é reduzir a participação do próprio açaí na mistura, o que já acontece com essências amazônicas utilizadas na cosmética ou mesmo na fitoterapia, em proporção muito pequena (embora a embalagem declare o contrário). Enquanto o custo for relativamente alto e a validade do produto reduzida, a diluição do açaí puro será uma contingência comercial. Só assim renderá maiores lucros.

Com o desvio de parcelas cada vez maiores da produção para fora da Amazônia, em virtude dos preços mais elevados que são oferecidos e dos mecanismos de comercialização, que chegam diretamente ao produtor, vai se tornando cada vez mais remota a possibilidade de fazer com o açaí o que os franceses fizeram com o seu vinho: classificar um terroir (leia-se terroá) do açaí.

Qualquer dicionário francês define o terroir como “produto próprio de uma área limitada”. O terroir é um conjunto de terras sob a ação de uma coletividade social congregada por relações familiares e culturais e por tradições de defesa comum e de solidariedade da exploração de seus produtos, acrescentam os tratados.

Há um terroir específico para a valorizadíssima champanhe francesa na região da Champagne. Quem compra uma garrafa dessa bebida paga um valor maior quando sua origem é atestada.

Conforme argumentou um especialista, " >o terroir, na verdade, é revelado, no vinho, pelo homem, pelo saber-fazer local. “O terroir através dos vinhos se opõe a tudo o que é uniformização, padronização, estandardização e é convergente ao natural, ao que tem origem, ao que é original, ao típico, ao que tem caráter distintivo e ao que é característico com todos os requisitos para serem reconhecidos como denominações de origem, pois agregam origem, diferenciação e originalidade dos produtos”, diz Jorge Tonietto, da Embrapa.

O terroir do açaí é na chamada “região das ilhas”, na foz do rio Amazonas, no Pará, em torno da parte ocidental da ilha de Marajó e do baixo Tocantins. Não há fruto melhor em condições naturais do que esse. Nem bebida de sabor mais puro do que aquela que é vendida em centenas de pontos espalhados por todos os bairros de Belém, com seus 1,4 milhão de habitantes.

Nas melhores quitandas (que anunciam o produto com uma bandeira vermelha à porta), o batedor é um expert não só em produzir o líquido encorpado como um vinho tinto e denso como um chocolate, mas também em escolher o melhor fruto para esse processo. Os seus clientes habituais, que compram e tomam açaí todos os dias (beneficiados pelo florescimento da palmeira o ano todo, em melhores condições de julho a dezembro), exercem o controle de qualidade e dão sugestões.

Se esse ciclo for rompido ou desaparecer, como ameaça acontecer, será difícil estabelecer um terroir para o açaí, agregando-lhe os benefícios que ele teria da classificação, como a champanhe francesa. Mas não só para ganhos maiores na exportação: também para não tirar dos velhos apreciadores do melhor açaí o direito de usufruírem esse prazer multissecular. O governo teria que criar uma política de sustentação de preços e de produção para que um segmento não prejudique o outro e a atividade econômica não liquide com o processo cultural.

Da mesma maneira como a produção e a comercialização cresceram aceleradamente, o preço para o comprador de açaí em Belém e outras cidades amazônicas se multiplicou por cinco. Nos períodos de menor produção (e de qualidade inferior), um litro de açaí tem o preço de uma sobremesa cara de restaurante, como um brownie.

Para muita gente açaí é mesmo sobremesa. Mas para uma parcela expressiva ele é alimento, às vezes a única refeição forte do dia. Apesar do aumento exorbitante dos preços, quem tem o hábito de tomar açaí encontrou uma forma de não ficar sem ele. Na melhor das hipóteses, porém, o peso desse costume está se tornando oneroso, prejudicando o orçamento doméstico.

Até a explosão do açaí no mercado de academias de saúde e entre atletas, toda produção vinha de áreas naturais, nas várzeas inundáveis das margens dos cursos d’água. Hoje, 20% provêm de plantios manejados em terra-firme, que não oferece solo em condições para uma cultura de melhor qualidade.

Mas para que produzir o açaí puro e grosso, se seu gosto vai ser diluído ou desaparecer pela presença de acompanhantes valorizados pelos consumidores atraídos pelo poder energético e vitamínico do fruto – e que, ademais, nunca tiveram contato com o paladar original? O açaí, mesmo sendo o item mais importante, é um elemento do mix e não o componente único, conforme é para o gourmand do produto em Belém.

Essa tendência se consolidou quando, em 2007, nove fabricantes, que produzem para exportação, assumiram com o Ministério Público o compromisso de pasteurizar o seu produto. Neste ano, o senador acreano, Tião Maia, chegou a apresentar um projeto de lei tornando obrigatória para todos a pasteurização. A medida não só modifica drasticamente o gosto, tornando-o intragável para o connaisseur, como colocaria no desemprego milhares de vendedores individuais, que atuam no varejo, em pequenos estabelecimentos comerciais. Felizmente a iniciativa foi abortada a tempo. Bastou mostrar ao senador o efeito nocivo da sua proposta, que ele, mesmo sendo da Amazônia, desconhecia.

Antes, houve uma onda sensacionalista em torno da ameaça de surto de doença de Chagas porque o protozoário está presente no fruto e é esmagado quando ele é descaroçado. Tanto tempo depois que o açaí faz parte da mesa do paraense, foi a primeira vez que o problema se tornou alarmante. Mas nada sugere que a ameaça da doença sobreviva a cuidados de higiene e normas de qualidade, providências que os próprios vendedores passaram a adotar.

O mesmo não se pode dizer do futuro do açaí como um terroir paraense. Pode vir a se tornar um produto paulista, baiano ou texano, conforme a forma de apropriação que vem sendo feita, que inclui a patente. Tem sido esse o destino dos produtos naturais amazônicos, nos últimos anos, em especial, os minérios. A Amazônia tem lugar no enredo atual para ser colônia do mundo, não agente da sua própria história.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Morre Ademir Pereira, diretor da Rádio e TV Guarany

Faleceu há poucos minutos no hospital regional do Baixo-Amazonas, onde estava internado desde ontem, o diretor da Rádio e Tv Guarany Ademir Macedo Pereira.

O velório será realizado na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Santarém.

Remédios genéricos ainda geram desconfiança nos pacientes

Aritana Aguiar
Free lancer


De acordo com o farmacêutico Juarez de Souza em torno de 70% dos consumidores de Santarém não sabem exatamente a diferença dos medicamentos genéricos para os remédios de marca. Ele revela que não há tanta procura do medicamento genérico por falta de conhecimento, mas o que muito é vendido são os remédios similares, ou seja, aqueles que não passaram pelo teste de bioequivalência e biodisponibilidade para saber seus efeitos, mas tem sua venda permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária(ANVISA).

O Cataflam com a fórmula do Diclofenaco de Potássico, antiflamatório, ainda é muito solicitado mesmo havendo uma grande variedade de similares e genéricos. " A grande procura são os remédios similares, tentamos explicar quanto à diferença para o genérico mesmo assim resistem em aceitar", afirmou o farmacêutico Inácio Azevedo. E que entre os similares estão os remédios para hipertensão, e diabetes, apesar de haver a farmácia popular que distribuem esses remédios.
Inácio afirma que o similar do Capitopril o de maior saída é o Capitocord; do Nimesulida é o escaflogim(antiflamatório) e o Torsilax que é similar do Trandilax. "Algumas pessoas já vem diretamente solicitando o remédio similar e mesmo quando oferecemos até mesmo um genérico não aceitam, achando que não irá ter a mesma eficácia", explica.


Mesmo com essa diferenciação, os próprios atendentes das farmácias afirmam que mesmo explicando sobre os genéricos. Grande parte da população não acredita na eficácia do genérico achando ser inferior a formula criada.

Pontuando - José Olivar

A Secretaria Municipal de Transporte, dirigida pelo Dr. Sandro Lopes, deve urgentemente, e se possível, instalar um semáforo de três tempos no cruzamento da Avenida Bartolomeu de Gusmão com Sergio Henn, pois do contrário, acidentes continuarão a ocorrer naquele local, sem se falar nos engarrafamentos constantes de veículos, pois os motoristas santarenos são especialistas em fechar cruzamentos.

A entrevista dada neste semanário, pela Prefeita Maria do Carmo deixa os munícipes apreensivos na medida em que ela expressa sua falta de força para os atos de gestão junto às empresas construtoras de Santarém - lamentou a ausência do ex-secretário Everaldo Martins - e recorre aos pais dos alunos a fim de que eles pressionem os professores municipais para que não entrem em greve. Ou seja, a chefe do Executivo demonstra fraqueza sob o inaceitável argumento de ser mulher. Faça valer, senhora Prefeita, seu cargo e a legislação!

O Centro Recreativo de Santarém - clube da elite do passado - completará 76 anos de fundação. Pelo que sei, foi formada uma comissão para revitalizar o clube, só que até agora nada foi concluído. Por que?

A energia em Santarém é igual àquelas máquinas de prospecção de petróleo que existem no Nordeste: sobe e desce toda hora. A diferença, é que as máquinas geram riquezas e as oscilações da CELPA, prejuízos.

Me pergunto qual a razão plausível para Santarém e outras cidades da região do Pará, principalmente as do Oeste do Estado, não terem uma guarda municipal. A minha saudosa Frecheirinha, com apenas 12 mil habitantes, tem uma guarda municipal com 20 integrantes, dispondo de 02 veículos (Hilux) para deslocamento e inibição de práticas criminosas, além da defesa do patrimônio público. Aliás, toda cidade do Ceará tem sua guarda. E tem gente que fala do Nordeste!

Com a aproximação do Çairé, espera-se que a Prefeitura mande fazer reparos nos banheiros públicos que ficam abaixo do elevado da praça da igreja, pois a fossa já encheu e os detritos correm expostos para o rio. Além do mau cheiro que exala do local, o perigo de doenças é constante. Não adianta só interditá-los. Espera-se que neste ano sejam colocados outros banheiros químicos nas proximidades de maior aglomeração de pessoas. Do contrário vão continuam a fazer xixi na rua expondo as genitálias (homens e mulheres), em desrespeito às crianças, idosos e adolescentes, pois os bêbados não respeitam ninguém.

Você sabia que o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão vai custar aos contribuintes 850 milhões de reais? É que as emissoras recebem um desconto nos seus Impostos de Renda. Havendo deduções para elas, o imposto diminui, consequentemente, cai a arrecadação e piora os serviços públicos que são pagos com os nossos impostos. Pode?

O Jornal O Estado de São Paulo publicou no dia 23/08, editorial intitulado: "A crise no CNJ". Segundo o jornal, o Conselho Nacional de Justiça, depois de ter tomado várias medidas importantes para coibir o nepotismo e a corrupção nos Tribunais, parece ter perdido o foco, passando a legislar sobre matérias que fogem à sua alçada.

Retificando a notícia da coluna anterior, o advogado José Maria Lima protocolou no Ministério Público, 03 representações, e não ações na Justiça, como equivocadamente foi publicado. E o fez em nome do vereador Erasmo Maia. Acho até que as representações já receberam o devido encaminhamento pelo representante do Ministério Público.

Até parece que os parlamentares brasileiros vão aprovar proposta de projeto de lei de um deputado da Bahia, que torna inelegível, por 08 anos, o político condenado por descumprir promessas de campanha. Nunca que isto será aprovado! Porém seria bom que se transformasse em lei. Nós mesmos, aqui em Santarém, temos provas de promessas de campanhas que nunca foram cumpridas.

Os Correios vão ser obrigados a ressarcir os clientes nos casos de desvio ou atraso na entrega de objetos postais. Isto se for aprovado projeto de um parlamentar de Minas Gerais tratando da matéria. Se passar, os Correios vão falir, visto que tantos são os atrasos e os extravios!

Foi uma grande e bonita festa a inauguração do Shoping Paraíso, pioneiro em Santarém. A Ana Suely e filhas, proprietárias do empreendimento receberam muitos cumprimentos pela beleza da obra e pela corajosa iniciativa. Estive no evento com Olívia, onde na oportunidade pudemos constatar a presença de vários amigos que foram prestigiar a inauguração. Parabéns à amiga Ana Suely.

O Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB, divulgou nota lamentando que alguns Tribunais Regionais Eleitorais não aplicaram a Lei da Ficha Limpa para candidatos com históricos de atos ilícitos e condenação por órgãos julgadores Colegiados. Espera que o TSE e até o STF faça valer a lei.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal está discutindo na Justiça, por Ação Declaratória de Inconstitucionalidade, junto ao STF, a competência da Polícia Rodoviária Federal, que estaria em atrito com o que estabelece a Constituição Federal. É que os policiais rodoviários estão praticando ações, ainda segundo a Associação, privativas da polícia judiciária, daí a irresignação e a ação ajuizada. Penso que quanto mais polícia, melhor para o cidadão, não precisando dessa discussão banal.

O programa rádio interativo da Guarany, comandado por Jorge Carlos, com reportagem de Bena Santana, sobre os veículos com sistema de som ensurdecedores, recebeu muitas manifestações contrárias aos maus educados proprietários desses veículos que desrespeitam os direitos dos outros, mas que não são punidos na forma da lei. Espera-se que neste Çairé, os altos sons dos carros ou de trios, respeitem ao menos o sossego de quem quer descansar.

Você sabia que, em recente decisão inédita, o STJ instituiu a teoria da "desconsideração da personalidade física"? Por esta nova tese, é possível a penhora de bens da empresa se o devedor, pessoa física, frauda o credor dispersando seus bens na pessoa jurídica da qual é sócio para blindar-se de responsabilidade das obrigações assumidas em nome pessoal. A nova teoria se contrapõe à antiga teoria da despersonalização da pessoa jurídica.

O Código Eleitoral vai ser substituído por um outro, cujo anteprojeto será elaborado por uma comissão de juristas encarregada para tanto. O Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal que integra a comissão, já informou que o anteprojeto será entregue até o fim do ano para exame pelo Senado.

Até que enfim o candidato do PSDB a Governador, Simão Jatene veio a Santarém onde participou de uma grande carreata, com o seu vice, Helenilson Pontes. Vários candidatos a deputado federal e estadual integraram a comitiva, além dos simpatizantes em geral.

As autoridades brasileira estão fechando o cerco em torno dos pedófilos. Um amigo meu está juntando provas contra um contumaz pedófilo para denunciá-lo por crimes de estupros (presumidos) de menores de 14 anos, inclusive com geração de filhos em razão do abuso sexual perpetrado contra essas adolescentes. Se denunciar, vai ser um reboliço.

Se o MEC vetou novos cursos de direito, o Conselho Federal da OAB vai ser mais duro ainda com os cursos em andamento, principalmente porque o Dr. Rodolfo Geller, que é Presidente da Comissão de Ensino Jurídico da OAB, é muito zeloso e exigente neste aspecto.

Por merecimento ele foi longe e é destaque! Mando o meu abraço para o colunista Jorge Serique, que também é advogado e que é leitor assíduo da coluna.

O Partidão no Pará:70 anos sem a massa

Lúcio Flávio Pinto:

Em 70 anos de existência no Pará, iniciada em 1931, dos quase 90 anos que acumula no Brasil, o Partido Comunista Brasileiro só elegeu um parlamentar pela própria legenda. Foi o deputado estadual Henrique Santiago, um motorneiro dos bondes da firma inglesa Pará Eletric, que depois se tornaria sapateiro para sobreviver, ao ser demitido em função de sua atividade política.

O PCB conseguiu eleger mais alguns parlamentares por outras siglas e ainda contou com simpatizantes bem postados no poder local. A maior façanha do velho “partidão” poderia ter sido realizada através de Almir José de Oliveira Gabriel, hoje com 78 anos, sem mandato e sem partido, que foi secretário de saúde, prefeito biônico de Belém, senador, candidato a vice-presidente da república (na chapa do paulista Mário Covas, já falecido) e, por suas vezes, governador do Pará. Nenhum comunista paraense ostenta currículo igual, sequer parecido, conforme se verifica em Cabanos & Camaradas, livro de Alfredo Oliveira, lançado no ano passado, em edição do autor.

Apesar de suas 680 páginas, o livro não dá ao episódio a relevância que ele tem como momento decisivo nos rumos que o PCB seguiria. Merecia maior detalhamento, ainda mais porque o autor já escreveu uma paquidérmica biografia do ex-governador (que, surpreendentemente, não cita na bibliografia do mais recente dos seus livros, embora trate do tema).

A trajetória do ex-governador exemplifica à perfeição a carreira de alguns dos principais expoentes do célebre “partidão”. Almir era militante e integrava a base de médicos. Foi recrutado em 1963 pelo próprio Alfredo Oliveira, em grupamento integrado por quatro futuros secretários estaduais de saúde: Wilson da Silveira, Ernani Mota, Nilo Almeida e o próprio Almir.

Continuava militante em 1974, quando dirigia o então Sanatório (depois Hospital) Barros Barreto (“uma vez que a sua presença era fundamental para a continuidade da cirurgia torácica”, por ele introduzida em Belém, depois de curso que fez no Rio de Janeiro) e ao assumir a Secretaria de Saúde do Estado, no segundo governo do coronel Alacid Nunes. Os militares sabiam dessa filiação, mas, segundo Alfredo Oliveira, não o destituíram do cargo por causa da sua competência. Já o partido, embora surpreendido pelo convite, não fez objeção por se tratar de função técnica “e sem compromisso político com o partido do governo”.

Mas a trilha do futuro governador não foi retilínea. Ele dava sua contribuição financeira mensal para os cofres do PCB, mas, ao ser convidado pelo advogado Carlos Sampaio para “ajudar a dirigir o Partido”, em 1965, “nem mesmo pensou na proposta, pois não poderia aceitá-la diante do compromisso intransferível com a cirurgia torácica”, justifica o parente. Além disso, iria passar os dois anos seguintes em São Paulo, se qualificando em cirurgia cárdio-vascular. “Durante a permanência em São Paulo perdeu o contato com o Partido, absorvido pelo novo aprendizado cirúrgico”, diz Oliveira.

Em 1979, depois de ter sido diretor da Divisão Nacional de Tuberculose, durante o governo do general Ernesto Geisel, ao voltar ao Pará, em plena época da anistia, para assumir a secretaria de saúde, “retomou os contatos com o Partido, através de Raimundo Jinkings e Ruy Barata”. Mas quando deixou a prefeitura de Belém, em 1985, para se tornar senador, patrocinado por Jader Barbalho, filiou-se ao PMDB, “optando por encerrar sua ligação com o PCB, que reconquistara a legalidade após tantos anos de vida clandestina”, relata Alfredo. Sem assinalar o aparente paradoxo, que só se explicaria pelo projeto de poder de Almir Gabriel: o PMDB de Jader lhe daria o que o PCB não podia lhe proporcionar. E ele queria muito mais.

Apesar disso, os comunistas decidiram apoiar a candidatura do ex-filiado ao Senado, embora seus votos também ajudassem a eleger Jarbas Passarinho, igualmente apoiado por Jader para a outra vaga que estava em disputa em 1986 para a chamada Câmara Alta. “Resultado: ambos foram eleitos”, admite Alfredo, sem deixar de reconhecer que se tratou de mais um paradoxo nas estratégias de aliança do “partidão”.

Quando nomeado pelo governador Jader Barbalho prefeito de Belém, em 1983, substituindo Sahid Xerfan, Almir recorreu a correligionários do PCB. O mais atuante foi o sociólogo Mariano Klautau de Araújo, que criou e pôs para funcionar diversas comunidades de bairro, transformadas a seguir em núcleos políticos por sua importância na periferia da capital. Ainda aproveitou outros comunistas em seu primeiro governo, mas em posições secundárias. Os personagens principais passaram a ser outras figuras, como Paulo Chaves Fernandes, Simão Jatene e Sérgio Leão.

Se ainda era um simpatizante do PCB, a prática de Almir já não guardava qualquer conexão com a filosofia do comunismo, exceto pelo centralismo democrático dos leninistas, sempre muito mais central do que democrático. Como governador, passou a ser (ou tentou ser) mais um coronel da política paraense. Foi se desligando cada vez mais de qualquer programa para se ater às pessoas, procurando aquelas que serviam aos seus interesses e desligando-se das que não serviam mais ou que se apresentaram na contramão do seu caminho para o poder.

O procedimento de Almir Gabriel se assemelha ao de muitos outros comunistas, que deram prioridade à qualificação profissional (a partir desse momento a maioria se desfiliou, sem renegar, contudo, a crença original, embora atuando em atividades ou de uma forma pouco coerente com o passado). Raros acharam possível conciliar a atividade profissional (que a alguns enriqueceu) com a ideologia e a atuação política

A influência do PCB, após tantos anos de presença, foi pequena e o balanço da sua participação, modesto, apesar da quantidade de páginas que Alfredo Oliveira dedicou à sua história (repetindo demais informações e dando atenção a fatos absolutamente secundários, acaba desestimulando a leitura do seu importante volume). O PCB não se transformou em partido de massa.

Seu mais intenso trabalho foi junto a intelectuais e membros do governo. Não por outro motivo, no plano nacional, Luiz Carlos Prestes declarou que o partidão estava no governo com João Goulart, só faltava chegar ao poder, numa arenga irreal e soberba, que causou problemas superlativamente artificiais à esquerda no momento da repressão pelo regime militar de 1964, como de regra, aliás, na biografia do desastrado “cavaleiro da esperança”. O PCB criou uma ilusão de força e de representatividade, e acreditou que ela era verdadeira. A cada momento de testá-la, defrontou-se com a realidade, frustrou-se e encolheu.

Não que lhe tenham faltado glórias e acertos. Os comunistas tiveram invariavelmente que enfrentar o preconceito, a má vontade ou o ódio dos adversários, até mesmo dos que não se lhe opunham abertamente, mas foram incapazes de consolidar uma democracia autêntica no Brasil, que resistisse aos desafios sem sair atrás da espada guardada nos quartéis ou das manobras miseravelmente jurídicas. A ilegalidade a que os comunistas foram reduzidos na maior parte da sua história é causa tanto da sua pouca expressão na vida política nacional como do seu encanto, o fascínio que exerceram sobre milhões de brasileiros ao longo do tempo.

O golpe vital foi desferido contra o PCB em 1947, menos de dois anos depois da sua legalização, no auge da guerra fria, pelo governo Dutra (condestável da ditadura do Estado Novo, foi o primeiro presidente da redemocratização, antecipando anomalia que seria vivida, 40 anos depois, por José Sarney, ao fim da ditadura militar), com a participação decisiva dos bacharéis da UDN, civis em eternas manobras golpistas (“vivandeiras dos quartéis”, como se dizia).

O PCB podia ter iniciado nessa época caminhada no rumo da sua democratização interna e da oxigenação política nacional, à semelhança do que ocorreria com seu congênere italiano no pós-guerra. Tinha uma bancada federal expressiva (com um senador, Prestes, e 14 deputados federais) e conseguira façanhas localizadas, como a de eleger 18 dos 50 vereadores da Câmara do Distrito Federal, que era ainda o Rio de Janeiro.

Apesar do registro que o TSE lhe conferiu e da diplomação que concedeu aos seus eleitos, o PCB foi declarado ilegal através de uma lei com efeito retroativo, bem semelhante na mecânica (embora completamente distinta nos propósitos) da lei da ficha limpa atual. Os maquiavélicos de algibeira deviam meditar a respeito. Quando se abre exceção para o uso de meios ilegais, em proveito de fins legítimos, não se está violando a ordem democrática e continuando a encher de boas intenções o caminho do inferno?

Alfredo Oliveira não aprofunda nesse sentido o episódio, mas seu livro, até onde um militante pode ser imparcial, aborda as questões que seria preciso suscitar numa história do Partido Comunista Brasileiro no Pará, O livro conquistaria maior público se tivesse metade das páginas, que podiam ser suprimidas sem prejudicar o conteúdo. Ainda assim, merece ser lido: passa a ser fonte de referência indispensável sobre a história republicana do Estado. Ainda que se chegue a uma conclusão diferente – ou oposta – à do autor.

O capítulo paraense do PCB se encerrou em dezembro de 2004, com sua desativação no Estado. “A partir daí, sem presente, resta apenas o passado, por conta da História”, lamenta Alfredo Oliveira. Uma história rica, mas incapaz de sustentar um paralelismo entre os cabanos, que transformaram o seu tempo, e os comunistas, que seguiram o rio da história, mesmo quando tentaram nadar contra a corrente.